Era o começo da primavera, com minha coroação, o casamento com Liscia e as outras gradualmente se aproximando, eu estava agora numa cidade portuária perto da Cidade Lagoon com Juna.
— Faz um tempo que eu não ando numa carruagem tradicional. É meio duro no traseiro, hein? — comentei, colocando a mão em minha lombar.
Juna deu uma risadinha.
— As carruagens na capital e os trens de Rinossauro foram feitos para reduzir a agitação, afinal.
Tínhamos voado da capital com Naden, mas imaginei que se um ryuu pousasse numa cidade pequena como essa, isso causaria um tumulto, então lhe pedimos que pousasse na Cidade Lagoon, e de lá pegaríamos uma carruagem de mercador.
Considerando tais circustâncias, Naden estava esperando lá na Cidade Lagoon.
—Mmm… Isso é certamente como você esperaria que uma cidade portuária fosse. Bocejei, dando uma grande e profunda respirada da brisa do mar.
— É uma cidade como nenhuma outra que você encontraria na costa — Juna disse — Se há algo de que podemos nos orgulhar, é que você sempre pode comer peixe fresco.
— Amo cidades assim.
— He he, obrigada. Bem-vindo à cidade em que eu nasci.
Juna estendeu a mão até mim.
Peguei sua mão e comecei a andar com ela. De um jeito romântico, é claro.
Enquanto andávamos, várias pessoas chamaram Juna.
— Oh, Juna, você voltou? — uma senhora perguntou.
— Faz tempo demais, senhora — Juna disse — Estou aqui para visitar minha família por um tempo.
— Pela forma como vocês estão de mãos dadas, seria esse homem seu…
— He he, é segredo.
Parecia, como você poderia esperar de sua cidade natal, que muitas pessoas a conheciam aqui.
Bem, mesmo que algumas pessoas parecessem perceber quem eu era, ninguém estava xeretando demais. Isso provavelmente mostrava quanto todos nessa cidade amavam Juna.
Continuamos andando até estarmos em frente a uma casa. Ela tinha um telhado vermelho fofo que me fez pensar em uma casa de bonecas. Como alguém acostumado com os bairros densos do país de onde eu viera, parecia razoavelmente grande, mas para os padrões deste mundo, era de um tamanho normal.
— Seu pai administra o café de canto das Loreleis, que tem um grande número de filiais, não? — perguntei — Este lugar é…. Bem, é reconfortante para um ex-camponês como eu.
— He he, é pequeno, não é? — Juna deu uma risadinha — A principal filial está na Cidade Lagoon, e esta casa é apenas para nossa família viver, então é grande o suficiente.
— Acho que você tem razão. Ter uma casa que é grande demais pode ser inconveniente.
O castelo era tão enorme, que dava muito trabalho ir de um lado ao outro dele. Bem, em geral eu ficava indo apenas do meu quarto até o escritório de assuntos governamentais, e quando ficava ocupado, dormia no escritório, então era menos como se eu vivesse numa mansão luxuosa e mais como se eu fosse um trabalhador que vivia na empresa, ou algo desse tipo. Mas mesmo assim.
— Adoraria viver numa cidadezinha perto do mar assim — disse a ela.
— Você faria isso? Quando o Príncipe Cian estiver todo crescido e você puder abdicar do trono em favor dele, porque não vivemos aqui?
— Ha ha ha, isso poderia ser uma boa ideia.
Se Liscia tivesse conseguido nos ouvir, ela diria irritada que estava me precipitando.
Chegamos à entrada.
— Por favor, entre, senhor — Juna me disse.
Enquanto era convidado para entrar, a família dela já estava esperando na sala de estar. Eles nos cumprimentaram calorosamente, embora parecessem um pouco tensos.
— O-ora, Vossa Majestade! Que gentileza sua vir ao nosso humilde lar — o pai dela disse nervoso.
— Oh, não, eu deveria ter vindo dar meus cumprimentos o mais cedo possível. Apertei a mão do pai de Juna enquanto pedia desculpas.
— Sinto muito por ter usado o fato de estar ocupado como desculpa para não ter vindo antes.
Cumprimentei a mãe de Juna e me sentei no sofá a convite do pai dela. Uma vez sentado, curvei minha cabeça profundamente mais uma vez.
— Eu realmente sinto muito. Estou tomando Juna… a filha de vocês como minha noiva, mas levei tempo demais para vir dar meus cumprimentos.
No tempo desde que me tornara noivo de Juna, tinha ficado ocupado com trabalho do governo, visitas diplomáticas e enviando reforços, então só não tinha conseguido achar tempo para vir encontrar os pais dela. Eu estava em contato frequente com a guardiã de Juna, Excel, pelo menos, e tinha ficado em contato com os pais dela trocando cartas, mas esperava fazia tempo para vir dar meus cumprimentos pessoalmente, como qualquer homem deve.
O pai dela balançou a cabeça apressadamente. — Não, não! O noivado era algo que Juna queria por si mesma.
— Mas… você não está preocupado com sua filha se tornar uma rainha secundária? — perguntei.
— Estou, mas Juna nunca foi de voltar atrás em algo quando decidiu-se, então sempre soube que ela escolheria seu parceiro por si mesma. Parece que o sangue de Excel é mais forte nas veias dela do que nas minhas. Não sei se a chamo de devota, ou teimosa…
— P-Pai!
Juna soava incomumente perturbada. Como em um encontro de pais e professores, um parente falar sobre você devia ser vergonhoso.
Ainda assim, embora seu pai fosse tão bonito quanto eu esperaria de alguém da linhagem de Excel, ele parecia surpreendentemente normal.
— Aconteceu quando Juna tinha talvez dez anos de idade — o homem rememorou — Ela disse que ia entrar para a Marinha com minha mãe. E daí, enquanto estava sendo treinada por ela, que estava entretida pela ideia, tornou-se cada vez mais como ela…
Ele baixou a voz aos poucos e pausou.
— Ahn, tem certeza que está bem? Ela não vai te “exaurir” como minha mãe, vai?
— Jamais faria isso!
O rosto de Juna ficou corado de vergonha.
— …Por favor, você está me deixando com vergonha.
Eu queria ver mais dessas expressões raras de Juna, então disse ao pai dela:
— Não, me conte mais. Temos muito tempo, então me conte todas suas histórias antigas sobre Juna.
— Você também não, majestade!
Juna me deu uma leve ombrada, mas eu realmente queria ouvir.
Depois disso, eu e os pais da Juna falamos longamente sobre ela. A propósito, continuamos falando mesmo depois dela sair da sala completamente humilhada, e tive bastante trabalho para deixá-la de bom humor mais tarde.
— Parabéns!
— Vocês ficam tão lindas como noivas!
— Desejo felicidades a ambas as noivas.
Debaixo de céus límpidos, os convidados do casamento estavam espalhando trigo para celebrar os recém noivo e noivas que acabavam de dizer seus votos de casamento em frente a um padre na igreja. Esse era para ser um ritual onde as noivas e o noivo eram regados a trigo como um desejo por fertilidade. No entanto…
— Xô Onis!
— Xô Onis!
— Ai, ai, ai! Seus idiotas, se segurem um pouco!
Alguns convidados homens durões estavam jogando o trigo de cima para baixo, diretamente no noivo. Essa era a cerimônia de casamento de Halbert, Kaede e Ruby, e aqueles que estavam jogando trigo em Halbert eram seus colegas das Dracotropas. Para dar suas bençãos a Halbert, e descontarem sua raiva por ele ser o único a ficar com duas lindas esposas, estavam jogando trigo com toda sua força.
— Xô Onis!
— Para que serve esse grito estranho? — Halbert gritou.
— Aparentemente, é um encantamento do mundo de Sua Majestade, usado na hora de expulsar onis da sua casa, sabe — Kaede disse vestida com shiromuku com uma expressão tranquila no rosto.
Os homens, é claro, estavam tomando cuidado para não acertar Kaede ou Ruby. Isso significava que Halbert enfrentava a investida incessante de metralhadas de trigo sozinho. O ataque de trigo finalmente cessou por volta da hora de jogar o buquê.
— …Ixe! Isso foi um inferno — Halbert murmurou.
— Você aguentou bem, sabe, Hal — Kaede sorriu.
— Vamos, a cerimônia não acabou, então controle-se!
Ruby sorriu.
Com Kaede confortando-o, e Ruby, vestindo um vestido de casamento emprestado da mãe dele, despertando-o para ação, Halbert deu um sorriso amarelo e arrumou a gola.
— Ufa… A cerimônia terminou, pelo menos. Agora é só a recepção.
Kaede deu uma risadinha.
— Pensando bem, Sir Glaive estava chorando lágrimas másculas na cerimônia. Sempre pensei que quem devia chorar em horas assim era o pai da noiva.
Durante a cerimônia, o pai de Halbert havia chorado como se tomado pela emoção. No entanto, lembrando-se da cena, Halbert pôde apenas dar de ombros e dar um sorriso amarelo.
— Não, tenho certeza que ele ficou emocionado vendo vocês duas de vestido de casamento. Ele a conhece desde que era pequena, Kaede, e porque o cabelo de Ruby é vermelho, vem tratando-a como sua própria filha. Tenho certeza que não me viu como nada mais do que um bônus que veio com vocês duas.
— Ele tem me tratado tão bem quanto uma filha — Ruby concordou.
Mesmo antes de se tornarem noras de Glaive, elas já haviam sido suas filhas, no que lhe dizia respeito.
— Ainda assim, não tenho certeza que ele deveria ter chorado ainda mais que seu pai, Kaede — Halbert acrescentou.
— Ahaha…
Kaede deu um sorriso amarelo.
— Por que não? Tenho inveja de você por ter uma família como essa — Ruby disse. Como um dragão, ela não tinha família alguma, assim como Naden. Ruby não tinha nenhum parente que pudesse comparecer a uma cerimônia como essa.
Halbert e Kaede pareciam não saber o que dizer.
— Ei, não me olhe assim.
Ruby chacoalhou a cabeça.
— Eu também tenho família agora. Vocês dois e as famílias Magna e Foxia inteiras são a minha família agora, e para mim basta.
— Ruby… — Halbert disse devagar.
Houve um murmúrio de repente vindo da multidão.
— O que é aquilo?!
— É enorme! Será que é?!
Perguntando-se o que era, os três olharam para o céu, e…
— HÃ?!.
Embora devesse estar voando a uma grande altura, eles podiam claramente distinguir a figura de um dragão branco.
— Aquela é a Senhorita Tiamat?! — Ruby ofegou.
— O vôo observacional da Mãe Dragão… Você quase não a vê fora em plena luz do dia assim… — Kaede murmurou.
Normalmente, a Mãe Dragão fazia seus voos observacionais à noite. Se ela estava aparecendo em plena luz do dia assim, e acima da capital onde Naden e Ruby estavam ambas tendo seus casamentos, isso mostrava clara intenção da parte dela.
Halbert deu um abraço juntinho em Ruby e disse:
— Viu, Ruby? Você tinha uma mãe que viria para seu casamento no fim das contas.
— Sim!
Daí eles ouviram um rugido da direção do castelo. Deve ter sido a Naden. Não querendo ficar para trás, ainda em forma humana, Ruby soltou um rugido de dragão em direção a sua “mãe” no céu. A voz de suas duas filhas a alcançara? A voz de Madame Tiamat ecoou de volta como uma canção de baleia.
— Hum… Vamos precisar disso… e de um pouco mais disso — Serina murmurou.
Era um dia com a coroação e casamento Souma se aproximando rapidamente. No escritório na mansão de Poncho, a criada chefe do castelo, Serina, parecia estar dando uma olhada em alguns documentos. Enquanto ela fazia isso, Komain, que estava passando por perto com algumas roupas lavadas, inclinou a cabeça para o lado.
— Serina? O que você está fazendo?
— Oh, só estava me certificando de que teremos ingredientes o suficiente para os pratos que serviremos em nossa recepção — Serina disse casualmente.
O fato de que a coroação de Souma e o casamento estavam próximos também significava que o casamento e recepção de Poncho, Serina e Komain, que seria feito ao mesmo tempo, estavam próximos também.
Komain deixou a roupa seca no sofá e deu uma olhada nos documentos que Serina estava olhando.
— Está quase na hora do casamento, sim. Tem algo em falta?
— Não, estava simplesmente checando para ter certeza. Esperamos uma boa quantidade de pessoas presentes, afinal. Como a Casa de Ishizuka Panacotta, seria um desastre se faltasse comida durante a nossa recepção.
— Ahh… Você tem um bom ponto aí.
Komain estremeceu um pouco ao concordar.
Esse era Poncho, que agira primeiro como Ministro para o Crise Alimentar, resolvendo a crise de alimentos que atormentava as pessoas tanto do reino quanto do principado. Ele agora atuava como Ministro da Agricultura e Silvicultura, trabalhando para espalhar o conhecimento de ingredientes deliciosos e como cozinhá-los. Ele até era venerado por alguns como o Rei da Comida, Lorde Ishizuka.
Havia altas expectativas para a comida em seu casamento, e os convidados sem dúvida chegariam famintos. Poncho também era um nobre emergente, e membros dos cavaleiros e nobreza estariam presentes. E não era só isso. Ele convidara seus atacadistas e fornecedores também, então eles esperavam que muitas pessoas mais preocupadas com seus apetites do que suas aparências viriam.
— Se sua família não tivesse intervindo, tenho certeza que teria sido um caos — Komain acrescentou.
Os serventes para o evento seriam a família de Serina. Tendo conseguido um grande grupo e especialistas da indústria de serviços realmente salvou os três.
Serina sorriu levemente.
— Se eles foram de utilidade, nada poderia me deixar mais feliz.
— He he, está sentindo um pouco de vergonha, Serina?
— Nem um pouco.
Serina virou a cabeça irritada, fazendo Komain dar uma risadinha.
Essa era a mesma Serina que adorava brincar com Liscia e Carla, mas não estava acostuma a ser provocada. Serina limpou a garganta um pouco, daí mostrou uma página do documento para Komain.
— Não acho que faltará nada, mas devíamos adquirir grandes quantidades dos ingredientes usados em quaisquer pratos que esperamos que sejam populares. Eu imagino que muitas pessoas vão comer o espaguete napolitano como prato principal, não acompanhamento, então poderia ser melhor comprarmos mais macarrão.
— Você tem razão… Oh?
Komain estava olhando os papéis quando parou em um item na base da lista de ingredientes para acrescentar. Havia uma pequena quantidade de itens ali que pareciam ser improváveis de serem necessários para cozinhar.
— Hidromel…? — ela leu e olhou para cima.
Serina rapidamente desviou o olhar. Por essa reação, parecia que esses eram itens que Serina tinha pedido pessoalmente, com suas próprias intenções.
— Você gosta de hidromel, Serina? — Komain perguntou.
— Não… Não me incomoda, mas também não gosto particularmente.
— Hã? Então por que você está pedindo?
— Isso… para Sir Poncho beber…
Serina estava evasiva, então Komain olhou para ela com dúvida.
— Poncho gosta de hidromel?
— …Não sei dizer. Não tenho conhecimento se ele gosta ou não.
— Hã? Você está pedindo mesmo sem saber se ele gosta ou não?
— Bem, eu pretendo forçá-lo a beber, de qualquer jeito.
— Hã?
Komain não tinha ideia do que Serina estava tramando.
— Ahm… O que exatamente você está fazendo…?
— Isso não é só por minha causa. Estou fazendo pela sua também.
— Hã?
— Não é nada. Agora, voltemos ao trabalho. Serina bateu palmas.
Komain não ficou satisfeita com as respostas dela, mas lembrou-se de que tinha deixado a roupa fora, então, mesmo enquanto inclinava a cabeça para o lado confusa, juntou a roupa e deixou o quarto.
Deixada sozinha no quarto, Serina olhou para baixo em direção da lista que Komain deixara. Pensando no propósito do hidromel…
— Você tomará nós duas como esposas. Vai precisar dele, não vai, querido?
Serina cobriu sua boca com a lista para esconder seu sorriso feminino.
A propósito, embora Serina não soubesse disso, a palavra “lua de mel” no mundo original de Souma vinha de uma tradição em que o noivo beberia hidromel pelo primeiro mês depois do casamento, para aumentar a força sexual, enquanto os recém casados ficavam confinados em casa e trabalhavam duro na procriação. Parecia que a lua de mel dessa família seria uma intensa.
Enquanto o casamento de Souma estava em andamento, a terceira princesa do Império Gran Caos, Trill, estava de pé em frente a Souma e os outros, com as mãos unidas no peito e a cabeça baixa.
— Ao Rei Souma, e todas suas rainhas, parabéns. No lugar de minha irmã mais velha, Imperatriz Maria, rogo por sua grande felicidade e a amizade continuada e desenvolvimento de nossas duas nações.
Este era um dia de celebração, então ela não estava com sua roupa de costume para trabalhar em maquinaria e em vez disso com um vestido próprio de uma princesa do Império. Por causa disso, suas porções impressionantes, que contrastavam com sua baixa estatura e eram normalmente cobertas por um avental de ferreiro, se destacavam ainda mais. Basicamente, ela se destacava em todos os lugares certos. Como dizem, as roupas fazem o homem. Ou a mulher, nesse caso. Vestida assim, ela com certeza parecia uma princesa.
Quando as considerações de Trill se encerraram, Souma levantou-se.
— Obrigado, Madame Trill. Nós, também, gostaríamos de continuar nossa amizade com o Império. Por favor, comunique isso a Madame Maria.
— Seguramente vou.
Com suas homenagens prestadas, Trill retirou-se para os assentos para convidados estrangeiros. Ela sentou-se e manteve sua expressão calma, mas internamente estava impaciente.
Urgh, quero sair daqui rápido!
Trill ficara pensando isso a cerimônia inteira. Não que não respeitava Souma e suas rainhas, e tampouco ela não ligava para as relações entre o reino e o Império. Justamente porque o reino e o Império se engajaram num projeto de pesquisa conjunto que Trill pudera vir a este país onde as pessoas alvo de sua admiração, a Casa de Maxwell, estavam. Ela era grata a Souma por propor a ideia, e por isso que estava presente nesta cerimônia.
No entanto, enquanto a cerimônia acontecia, a herdeira única da Casa de Maxwell, Genia, estava casando-se com Ludwin. Trill chamava Genia de “irmãzona” por respeito, e queria mais que tudo estar no casamento dela.
Tenho sentimentos complicados sobre ser um casamento com o Lorde Arcs, que quer monopolizar a Irmãzona, mas Merula e Taru vão ambas comparecer, e odiaria ser a única deixada de fora. Talvez eu devesse sair de fininho…? Mas se eu fizesse isso, vai saber o que a Irmãzona Jeanne diria depois…
Jeanne, que era a irmã mais nova de Maria e irmã mais velha de Trill, tinha dito de forma amarga para ela não sair do controle quando fosse para o reino. Por causa do projeto de desenvolvimento conjunto para a broca, provavelmente não tinha chance alguma de ela ser de repente arrastada de volta ao Império, mas se fosse longe demais, provavelmente seria proibida de ter mais contato com Genia. O raciocínio sendo: enquanto ela estivesse no reino, poderia dar ordens aos outros para o projeto de desenvolvimento conjunto.
Eu odiaria isso! Não poder ver a Irmãzona Genia!
Enquanto ela olhava ao redor furtivamente, perguntando-se o que acontecia com Genia, Trill notou algo. Viu Kuu, que estava sentado ao lado dela, dar a Leporina, que estava sentando em frente a ele, uma ordem. Leporina fez uma cara desagradável, mas levantou-se e deixou a sala imediatamente.
— Ahm… Sir Kuu? — Trill sussurrou — Para onde Leporina foi?
Kuu sorriu maliciosamente.
— Ookyakya! Ah, ela vai dar um pulinho no casamento de Genia e Lorde Arcs. Ordenei-a a ir pegar o buquê quando a noiva o jogar.
— O buquê da Irmãzona Genia?!
Os olhos de Trill se arregalaram.
— Isso não é justo! Eu também quero!
— Ookya? Não, não, você não vai casar tão cedo, certo? Eu, Taru e Leporina seremos os próximos, então é perfeito.
— Esse não é…! o problema aqui.
A voz dela elevou-se por um instante, mas Trill voltou a um sussurro e continuou:
— Então me dê o buquê depois de ela pegar. Vocês só precisam ser aqueles que pegaram o buquê. Depois disso, não devem mais ter o que fazer com ele.
— Isso é, bem… Acho que você tem razão. O que Kuu queria era a superstição, não as flores em si.
— Certo? — Trill insistiu — Se o buquê só vai murchar, vou torná-lo flores secas ou prensadas e mantê-las como um tesouro familiar.
— Um tesouro familiar…? — Kuu repetiu.
O buquê de casamento da principal pesquisadora do reino realmente poderia se tornar um tesouro familiar para a família real imperial? Ele parecia um pouco irritado. — Você, é… não é muito melhor que eu, hã?
Trill tinha conseguido deixar Kuu, que sempre dava trabalho para Taru e Leporina imprudentemente, irritado a esse ponto. De certa forma, ela podia ser alguém realmente especial.
— Bem, quando a cerimônia de casamento encerrar, planejo sair de fininho, porém — Kuu acrescentou.
— Hã?! Não é justo! Eu quero sair também!
— Hum? Você quer que eu te carregue nas minhas costas? É rápido se cortarmos pelos telhados.
— …Não, acho que vou chamar uma carruagem.
Essa era uma conversa que se deu em um canto da cerimônia de casamento de Souma.
— E estou aqui.
Tendo saído de fininho quando a coroação e casamento no castelo tinham se encerrado e tudo que restava era a festa, Kuu agora estava pousando no local do casamento de Ludwin e Genia.
Ele estava “pousando” porque tinha pego um atalho pelos telhados entre o castelo e aqui. Na mesma vestimenta que vestira para a coroação, ainda por cima.
— Ah! É o Mestre Kuu! — Leporina gritou.
Notando a chegada de Kuu, Leporina e Taru correram para perto dele.
— Ei, Leporina — Kuu disse — Você pegou o buquê como disse para você?
— Peguei, mas… foi bem constrangedor. As outras mulheres me encararam com raiva.
— Você está fazendo ela agir imprudentemente, como sempre — Taru reclamou com irritação, segurando o buquê que Leporina tinha pego.
Porém, Kuu riu disso sem parecer se importar.
— Ei, que mal tem? Tenho certeza que esse buquê quer ir para a próxima noiva também.
— Então, Leporina deveria segurá-lo também.
Taru ofereceu o buquê a ela, mas Leporina apressadamente balançou a cabeça.
— Não, não, você deveria ficar com ele, como a primeira esposa.
— Vamos nos casar ao mesmo tempo, então isso não faz diferença.
Vendo Taru e Leporina tentando empurrar o buquê uma para a outra, Kuu suspirou. — Então que tal se vocês dividirem ao meio?
— ISSO PARECE MEIO MAL.
—O-Ok… — Kuu vacilou.
Pensando melhor, parecia meio de mau agouro dividir o símbolo de duas pessoas que se amavam, então elas estavam certas em se oporem firmemente.
Leporina voltou a si mesma e disse:
— Espere, Mestre Kuu. Você não deveria dar os cumprimentos à noiva e ao noivo antes?
— Hã?! Ops! Você tem um ponto aí.
Kuu rapidamente levou Taru e Leporina como ele e foi para onde Ludwin e Genia estavam. Parecia que eles estavam falando com a companheira de pesquisa de Genia, Merula.
— Lorde Arcs- não, acho que de hoje em diante, é Lorde Maxwell-Arcs, hã?— e Genia, parabéns.
Ludwin tinha um sorriso suave.
— Ora, Sir Kuu. Que bom que você veio. Uma visita do filho do chefe da república é uma honra grande demais para um único servidor humilde de Sua Majestade, como eu.
— Ookyakya! Não tem porque ser tão formal. Genia tem cuidado bem da nossa Taru, então vocês são como família, mesmo que sejamos de países diferentes.
— He he! Você tem um ponto. Taru sempre é legal comigo, também — Genia deu uma risadinha — Pessoas como nós sempre colocam a lógica e razão em primeiro lugar, mas a Taruzinha sempre entrega partes que atendem nossas demandas. Nada poderia nos deixar mais gratos.
— Não… O Mestre Kuu me diz que o desenvolvimento da broca beneficiará a república, então fico feliz de ser uma parte disso — Taru disse com um pequeno sorriso.
Ludwin, que estava observando as duas calorosamente, perguntou a Kuu:
— Você estava no castelo, certo? Como que Sua Majestade e os outros pareciam?
— Ah, foi bem austero e impressionante — Kuu disse — O mano foi muito bem durante a coroação, e suas noivas estavam bonitas de vestido de casamento.
— Fico feliz.
Ludwin sorriu.
— Entendo. Foi uma pena, como ex-Capitão da Guarda Real, que não pude estar lá para ajudar.
— Ei, não esquenta. Foi a jovem senhorita Roroa… ou é Rainha Roroa agora? Enfim, foi ideia da Rainha Roroa ter casamentos pela cidade toda. Ter um casamento com sua linda esposa aqui está ajudando apoiar o mano. Pense nisso como um benefício do trabalho.
— …Sim. Eu penso que sou sortudo.
— Ookyakya! Você não tem medo de dizer, hã?
Kuu pôs uma mão no ombro de Ludwin.
— Bem, de qualquer forma, parabéns. Quando nos casarmos, vamos enviar um convite para a Casa de Maxwell-Arcs, então certifiquem-se de vir, ok?
— Sir Kuu, seu casamento vai ser na república, certo? Sou um vassalo de outro país, percebe?
— Como se eu me importasse. Estou convidando o mano também, então acompanhe-o como guarda costas.
— …Muito bem. Estou ansioso.
As mulheres ao lado deles estava conversando também.
— Gostaria de aumentar a velocidade de giro da broca, Merula — Genia disse.
— Mesmo se aumentarmos a eficiência do encantamento, atualmente há limites para o estresse que podemos por nas partes giratórias.
— Não é só força; ela precisa liberar calor também.
Elas tinham começado a discutir a broca em algum momento. Se Trill estivesse estado aqui, em vez de ainda no castelo como a embaixadora imperial, a discussão teria sido ainda mais animada. Incapaz de se juntar à conversa, Leporina, que era uma garota, mas não uma garota pesquisadora, foi deixada de fora.
— Garotas pesquisadora de três países, de pé juntas. Essa é uma vista alegre em si mesma, eu diria — Ludwin acrescentou.
— Se pelo menos tivesse escolhido um assunto mais sexy que uma broca, claro.
Kuu deu de ombros.
— He he! Bem, tudo bem, não é? — Leporina disse, abraçando Kuu por trás.
— EI, pra que está me abraçando? — ele protestou.
— Não tenho nenhum outro lugar pra ficar, então me dê um pouco de atenção. Recebi permissão da Taru.
Parecia que Leporina tinha ficado mais direta em sua abordagem em relação a Kuu depois de receber o ok de Taru. Kuu fingiu estar descontente, mas coçou a bochecha como se essa mudança de eventos não fosse tão bem vinda assim.
— Pare de me abraçar por trás — ele disse.
— Hum? Por quê? — ela perguntou.
— Você é mais alta que eu, então me faz parecer patético.
— Pfft! Ahaha! — Leporina caiu na gargalhada.
Parecia que esse seria um casamento de muitos sorrisos.
Tradução: Enzo
Revisão: Merovíngio
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Agora so esperar o proximo volume '-'
boa noite alguem sabe que dia virá o proximo volume??????
aguardando o próximo volume
Logo menos vamos postar.