Cerca de dois dias tinham se passado desde a celebração.
Nós conseguimos limpar esta terra de monstros, mas ficaríamos até sabermos o estado atual da onda demoníaca.
Dois dias depois, a situação em cada país se tornou clara.
De acordo com relatórios dos Gatos Pretos, com a destruição dos monstros reunidos no Ducado de Chima, o número deles atacando todos os países caiu perceptivelmente. Eles sentiram que as Forças Unidas da União das Nações Orientais poderiam lidar com o resto, o que significava que não precisavam mais de nós aqui.
Enquanto estávamos recolhendo os acampamentos da Força de Defesa Nacional Friedoniana para nos retirarmos, ouvi uma voz.
— Ei! Souma. Indo pra casa já?
Fuuga de repente veio até nós montado em Durga, o tigre voador.
— Fuuga? — perguntei, surpreso.
Sua aparição de repente fez Aisha ficar cautelosa, mas Mutsumi estava atrás dele e Yuriga estava na frente de sua sela, então provavelmente ele não estava aqui para causar uma confusão.
— Parece que estão com pressa — Fuuga comentou, vendo os soldados correndo de um lado para o outro.
Com um simples pulo das costas de Durga, ele ajudou Mutsumi e Yuriga a descerem também e perguntou:
— Não podia ter ido mais devagar?
— Não é uma opção, receio. Não podemos ficar longe do país por tanto tempo. Manter uma força tão grande aqui implica grandes despesas, e com a onda demoníaca resolvida, quero me apressar para casa.
A União de Nações Orientais não tinha tantas estradas calçadas quanto o reino, então não podíamos usar métodos como o trem de rinocerontes para o transporte. Nós teríamos que pegar o caminho longo e devagar de volta para casa, por isso queria partir rapidamente.
Hakuya falou para voltar assim que fizéssemos o que precisava, para começo de conversa. Aliás, Liscia daria à luz em breve, portanto tinha motivos pessoas para me apressar também.
Madame Mutsumi veio em frente e curvou a cabeça para mim.
— Sr. Souma, muito obrigado pelos reforços que nos trouxe.
— Eu já disse isso ontem à noite, mas tudo o que fizemos foi aparecer no final para eliminar os inimigos restantes. Não tem necessidade de agradecer excessivamente.
— Mesmo assim, é um fato que você salvou este país. — Mutsumi levantou o rosto e sorriu. — Também gostaria de pedir que cuide bem de Ichiha. Ele é maduro para sua idade, mas é fraco e tímido. Eu estou meio preocupada com ele.
— Haha, tenho certeza que ficará bem. Sei o quão maduro é falando com ele. Parece se dar bem com a minha irmãzinha, também, então penso que se dará bem.
Com isso, olhei na direção das três crianças, Tomoe, Ichiha e Yuriga, que estavam se despedindo.
— Tchau, Yuriga — disse Tomoe.
— Se cuide, Yuriga — acrescentou Ichiha.
— Ah… Sim…
Hã? Tomoe e Ichiha estavam agindo normalmente, mas Yuriga parecia meio quieta. Não tinha a sua forte personalidade de sempre.
Mesmo assim, ela cruzou os braços e arqueou as costas para que o peito se destacasse, como se estivesse tentando mostrar ser a mais velha apesar disso.
— Bem, não foi muito ruim ficar com vocês dois. Sinto que ganhei um irmão e uma irmã mais novos. Continuem dando seu melhor quando voltarem para o reino.
— Um irmão mais novo? — Ichiha murmurou.
— Será que você está se sentindo solitária, Yuriga? — Tomoe perguntou de cara.
O rosto de Yuriga ficou vermelho forte.
— Q-Quem está solitária?! Você tá muito abusada, menina (aperta).
— Eu “dishe”, não aperta minhas bochechas “asshim”!
— Yuriga, o jeito que você está agindo é como uma criança solitária fazendo birra, sabia? — Ichiha apontou.
— Sai pra lá! Vou apertar as suas também!
— Ai… Vamos correr, Ichiha!
— C-Certo!
Se libertando das mãos de Yuriga, Tomoe pegou a mão de Ichiha e saiu correndo.
Yuriga correu atrás deles, gritando:
— Esperem!
Os três gritaram e fizeram um alvoroço correndo de um lado para o outro dentro do acampamento principal. Se eles estivessem lutando, eu teria impedido, mas a Tomoe parecia estar rindo e se divertindo, então provavelmente estava tudo bem.
…Espera aí. A Tomoe estava se divertindo provocando Yuriga por ser tão direta com suas emoções?
Talvez quando Tomoe crescesse ela seria o mesmo tipo de beldade maliciosa que Juna era. Sentia que já podia ver sinais disso.
Enquanto estava sentindo uma preocupação inédita com o futuro de nossa irmãzinha (embora eu tenha questionado se era justo ver dessa forma), Fuuga de repente bateu palmas como se tivesse se lembrado de algo.
— Oh, Yuriga acabou de me lembrar. Ei, Souma.
— O que é?
— Queria saber: posso deixar Yuriga com você no reino?
— Hã?! — Yuriga e eu gritamos surpresos simultaneamente.
O que esse cara estava dizendo, do nada?
— O-O que você está dizendo tão de repente, Irmão?! — Yuriga exclamou. — Me enviar para o reino…?!
Parecia que Yuriga compartilhava a minha opinião.
Espera. Mesmo Yuriga, a mais afetada, ouvindo isso só agora?
Sério, o que ele pensava?
— Quais são as suas intenções? — perguntei devagar.
— Você falava sobre colocar a sua pirralha e o pirralho que será meu cunhado na escola, certo? Quando ouvi isso, me fez querer por Yuriga numa grande escola também. Não temos esse tipo de instalação em Malmkhitan, sabe.
— Irmão! Eu sei ler, escrever e consigo fazer aritmética! Se você diz que quer que eu estude mais a esta altura, preferiria que fosse a seu lado aprendendo a me tornar uma comandante que possa ajudá-lo!
Fuuga pôs a mão na cabeça dela.
— Seu potencial como comandante não é ruim, porém é só isso. Você atingirá seu limite rapidamente se aprender apenas como ser uma guerreira. Felizmente, sua cabeça não é nada má também. Se reunir conhecimento e tornar uma general sábia, ou uma administradora interna, acho que pode ter grande sucesso.
— M-Mas…
— Aliás, eu vou ficar ocupado. Vou receber Mutsumi como minha noiva, afinal. Mesmo que ficasse em Malmkhitan, eu não teria o mesmo tempo para você como antes. Porque não vai ao Reino de Friedônia com seus amiguinhos de briga? Volte a mim um dia como alguém que possa me ajudar a realizar meu sonho.
Yuriga deu uma olhada na direção de Tomoe e Ichiha.
Ela devia estar em dúvida entre ficar com Fuuga, com quem teria menos tempo, ou ir para o reino e frequentar a escola com Tomoe e Ichiha.
Yuriga pensou sobre isso em silêncio por um tempo, mas no fim assentiu com a cabeça.
— Entendi. Vou aprender no reino e ter certeza de me tornar uma pessoa que possa ajudá-lo!
Ela fechou os punhos determinada.
Espera, espera aí! Porque eles estavam prosseguindo essa discussão sem nenhuma consideração nossa?
— Eu ainda não disse que vamos levá-la, percebe? — apontei.
— Bem, faça-me um favor — disse Fuuga, enrolando o braço no meu pescoço.
Esta posição… era assustadora, porque com a força de Fuuga, poderia facilmente me estrangular até a morte.
Veja bem: era improvável que mesmo ele fizesse algo comigo com todos os guerreiros mais fortes do reino aqui, mas…
Quer dizer, não faria, certo?
Era meio assustador, então queria que ele me soltasse.
Quando vi, Aisha estava com a mão na empunhadura de sua espada larga, e Juna já tinha uma faca de arremesso pronta em mãos, enquanto o cabelo de Naden estava arrepiado.
Elas expressavam que caso ele fizesse algo estranho, o cortariam, ou jogariam facas ou eletrocutariam nele.
Fuuga sussurou no meu ouvido:
— Bem, obviamente… isso não é só sobre Yuriga estudar.
Sussurei de volta:
— Ela é sua preciosa irmã, certo? O que está pensando, deixando-a conosco?
— Estou fazendo isso porque é minha irmã preciosa. — Fuuga deu um sorriso torto que mostrava seus dentes como presas. — Está prestes a ter bastante movimento no meu país. Internamente, planejo eliminar as raças hostis restantes em Malmkhitan, enquanto externamente pretendo me dirigir ao Domínio do Rei Demônio com o apoio dos países da União Das Nações Orientais. Nesse processo, espero que as coisas fiquem malucas, mesmo que só temporariamente.
— …Você fala sério.
— É claro. Não falo coisas que não esteja preparado a tornar realidade.
Com o entendimento de que os demônios estavam só no interior profundo do Domínio do Rei Demônio, ele marcharia até lá só com as pessoas do seu próprio país. Ele realmente tentaria realizar o que falou naquele dia?
Então Fuuga sorriu de repente.
— Tem um risco dos meus parentes serem alvos nessa hora. Mutsumi tem a astúcia e força para se defender, mas Yuriga ainda é pequena. Pode haver pessoas que tentem raptá-la para usá-la como refém. Quando eu considero as piores consequências, acho que o melhor seria deixá-la longe, no Reino de Friedônia.
— Entendo… A Madame Mutsumi sabe disso?
— Claro. Mutsumi concordou comigo.
Quando olhei na direção da Madame Mutsumi, ela assentiu levemente.
Cuide da minha cunhada, Yuriga. Era isso que devia significar?
Se ela aprovava o que Fuuga fazia aqui, significava que sabia, estando prestes a embarcar numa enorme aposta. Mesmo sabendo que ela mesma enfrentava perigo, escolhia seguir Fuuga no seu caminho de conquista. Eu via algo que coincidia com Liscia nos seus olhos.
— Você encontrou uma boa esposa — disse. — Não faça muito para deixá-la triste, ok?
— Não posso prometer, mas vou dar o meu melhor. Definitivamente vou proteger Mutsumi. Preciso mostrá-la o meu mundo, como prometi.
Eles tinham falado sobre isso, hã…
Entendo. Assim como Liscia apostou em mim, Madame Mutsumi fez o mesmo com Fuuga.
Elas apostaram seus próprios futuros.
Soltei um suspiro de admiração por eles enquanto dizia a Fuuga:
— Entendi a situação, mas tem certeza que tá tudo bem? Você não considerou que eu possa tomar Yuriga como refém?
— Você jamais mexeria com a Yuriga — com olhos de um grande predador, Fuuga sorriu maliciosamente. — Realmente não entendo você. Não é forte, mas tem muitos seguidores. Tem dezenas de milhares de homens a seu comando, mas não está tentando fazer nada.
Fiquei em silêncio.
— Mesmo que fossem cinco de vocês contra mim, não acho que poderia perder. Porém, se chegasse a uma luta, sinto que se tornaria uma situação complicada. Uma batalha irritante. Essa é a minha previsão. Penso que, se possível, preferia não lutar com você. Sente algo parecido sobre mim, não?
— …Bem, sim — assenti com a cabeça. — No meu caso, não é “se possível”, porém. Eu absolutamente não quero lutar com você.
Se ele seria tão aberto sobre isso, eu não poderia evitar a questão.
Fuuga deu um tapa na barriga como se dissesse “Eu sabia!”
— É uma honra que o rei de um grande país tenha tanto cuidado a respeito de mim. Então, dado que você não quer se opor a mim, jamais encostaria na Yuriga e provocaria minha ira. Pelo contrário, você faria o impossível para protegê-la adequadamente, não faria?
Ele estava certo, então não podia negar.
Se tomássemos Yuriga sob nosso cuidado no reino, tinha certeza que monitoraria ela para não descobrir nada confidencial, mas lhe daria a máxima proteção.
— Então? O que ganhamos por ficar com Yuriga para você? — perguntei.
— Eu ficarei te devendo uma.
— Se a necessidade surgir, você não hesitará em voltar atrás em qualquer obrigação ou dever, vai?
Eu disse maldosamente, mas Fuuga respondeu com um sorriso alegre.
— Não nego, porém Yuriga é a minha única parente restante com exceção de Mutsumi, que será minha esposa. Eu não me daria o trabalho de começar uma confusão com o país onde ela vai ficar.
— Não sei se deveria acreditar nisso…
Sendo Fuuga, eu não poderia ficar muito confiante. Mesmo assim, provavelmente era verdade que poderia esperar que ela fosse um dissuasor efetivo. Uma carta que era melhor ter do que não ter, só isso, mas não seria ruim ter algo preparado para lidar com Fuuga, não importa quão insignificante.
— …Ok — disse —, vamos levar a Yuriga.
— Ha ha ha. É uma grande ajuda! — Fuuga soltou o braço do meu pescoço.
Quando Fuuga se afastou, Aisha, Juna e Naden baixaram as armas também. Fiquei feliz que terminou sem um conflito.
Colocando uma mão na cabeça de Yuriga, Fuuga disse:
— Tudo está resolvido. Vá ao reino e estude bastante.
— Estudarei! Darei meu melhor, irmão! — Yuriga disse animada.
Com outro sorriso malicioso, Fuuga se aproximou de mim novamente e disse numa voz mais baixa:
— Eu sei que disse que você não encostaria em Yuriga, mas se quiser encostar nela sexualmente, eu não me importo, sabia?
— Hã?! O que está dizendo?!
Yuriga tinha o que? Treze anos? De jeito nenhum que eu faria isso!
Entretanto, Fuuga riu entretido.
— Não, não. Não estou dizendo que você faria agora mesmo. Espero deixar Yuriga com você até ela se formar. Tenho certeza que daqui a vários anos será linda, então talvez você queira uma chance?
— Até parece! — gritei.
— Bem, se você quiser, vou me certificar de que case com ela direito. Isso faria de você meu cunhado. Me certificarei que você me respeite como seu irmão mais velho.
— …Não quero nada a ver com isso.
Ser o cunhado de Fuuga? Tô fora. Seria tanto trabalho quanto Azai Nagamasa teve com Nobunaga1Souma faz referência a dois conhecidos Daimyos japoneses que foram cunhados e inimigos.
Então Fuuga me deu um tapa nas costas.
— Bem, de qualquer jeito, deixo Yuriga nas suas mãos.
— Ai… Tá bom.
Eu imaginei que a história de ser cunhado seria só uma piada, mas era assustador que eu não sabia quão sério ele estava.
E então, tendo um presente problemático empurrado a nós de última hora, partimos para retornar ao reino onde Liscia estava esperando.
Tradução: Enzo
Revisão: Merovíngio
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