No meio do 2º mês, 1.547º ano, Calendário Continental
— Ohh! Vossa Majestade, seja bem-vindo e obrigado por nos agraciar com sua presença.
Quando passei pela porta do estúdio da Transmissão de Voz da Joia que havíamos montado no castelo, um nobre bem constituído de meia-idade me recebeu com um floreio exagerado.
Era Moltov Juniro, o pai de Ivan Juniro, que interpretou Pratamem, o primeiro herói tokusatsu do Reino da Friedônia.
— Ei, Moltov — falei. — Como vão as coisas no programa?
— Senhor, temos feito o nosso melhor para seguir o exemplo que você deu.
A verdade era que, outro dia, em parte porque seu filho havia se tornado tão popular, tomei a decisão de ir até o fim e nomear Moltov como o diretor de produção do programa de transmissão. Fiz isso porque queria ser capaz de manter os programas em produção mesmo quando estivesse ocupado.
Moltov, como seu filho Ivan, tinha uma habilidade que tornava o programa sem necessidade de efeitos especiais, então tomei a decisão que isso o tornaria uma boa escolha para a posição.
Moltov coçou a barba e disse:
— Bem, esse negócio de fazer programas é mais profundo do que você imagina. Existem coisas que as pessoas querem ver, coisas que não querem ver, coisas que queremos que vejam, coisas que não queremos que vejam… É muito difícil encontrar um equilíbrio adequado.
Moltov gemeu de consternação.
Fiquei aliviado ao vê-lo levando seu trabalho tão a sério.
— Você quer sair?
— Não! Eu gosto do desafio! — respondeu Moltov com um sorriso animado.
De alguma forma, senti que o estava vendo com melhores olhos do que quando ele estava tentando me atar à sua filha Siena.
Sobre esse assunto, Siena, que agora estava aparecendo ao lado de seu irmão Ivan como uma heroína coadjuvante (algo semelhante a **ckle em St**nger), disse com um sorriso gentil:
— Acredito que meu pai encontrou seu propósito na vida. Há um número limitado de maneiras de se tornar um nobre. Você pode se destacar no exército ou na administração, ou pode se tornar um parente da Casa Real. Essas sempre foram as únicas maneiras, então ele os perseguiu de todo o coração. Porém, Vossa Majestade, você ensinou algo ao meu pai: a alegria de criar um programa de transmissão para entreter o povo. Muito obrigada.
Uff… Ela era uma filha tão boa, quase duvidei que fosse realmente uma parente de sangue daquele pai e filho turbulentos.
De qualquer forma, vamos voltar ao tópico.
Como Siena havia dito, Moltov estava trabalhando com entusiasmo na criação de programas de transmissão.
Estendi minha mão para ele.
— Tenho grandes expectativas, Moltov. Se você continuar desenvolvendo seu ofício, tenho certeza que, eventualmente, vou deixar uma joia aos seus cuidados.
— Minha nossa! Você me daria uma joia?!
— Sim. Gostaria que você não o usasse para transmissões públicas, mas para abrir sua própria estação de transmissão.
Em outras palavras, torná-lo em uma emissora privada. Se tudo o que tivéssemos fosse uma emissora pública, havia limites para o número de programas que poderiam ser produzidos. Para que as coisas aconteçam, seriam necessários mais avanços na tecnologia e as leis apropriadas precisam ser postas em prática, então, isso não aconteceria de imediato. Mesmo assim, era melhor começar a se preparar para os próximos cinco ou dez anos.
Moltov soltou uma risada alegre.
— Você vai me dar minha própria estação independente, hein! Os sonhos são infinitos!
— Sim. Então, trabalhe duro para isso.
— Deixe comigo! — Moltov bateu no peito com orgulho — A propósito, senhor, o que você está fazendo aqui hoje?
— Oh, sim, isso mesmo. Acho que Juna deve estar por aqui em algum lugar…
— Se fala da Senhorita Juna Doma, ela está atualmente filmando o programa educacional. — Moltov apontou para o estúdio.
Acontece que Juna estava no meio de uma transmissão ao vivo do programa educacional. A música que ela cantava e dançava era uma canção infantil do outro mundo com um estilo ligeiramente asiático. Sua aparência enquanto dançava com as cordas enroladas nas mangas esvoaçantes era como a de uma donzela celestial. Isso me fez querer pedir:
— Feche o caminho através das nuvens.
Eventualmente, a transmissão chegou ao fim. Juna me notou e correu, ainda em sua roupa de palco.
— O que está acontecendo, Vossa Majestade? Não achei que você planejava vir aqui hoje.
— Bem, não, eu não planejava, mas… tinha um favor que queria pedir a você.
— A mim? — perguntou Juna.
Fiz um sinal em concordância.
— Por cerca de três dias, começando amanhã, estarei fora do castelo para me encontrar com alguém. Eu gostaria que você me acompanhasse.
— Eu não me importo, mas… estará deixando a capital sem sua presença por três dias inteiros? — Juna inclinou a cabeça para o lado, parecendo ligeiramente perplexa. — Com todo o respeito, o trabalho do governo não será prejudicado pela sua ausência?
— Oh, deve ficar tudo bem. Aquilo que Genia estava desenvolvendo já está completo.
— O que… eu deveria dizer…? — Juna ficou sem palavras.
Esperei que Juna se trocasse, então fomos para o escritório. Agora ela estava olhando para a coisa sobre a qual eu estava falando.
Sim… eu podia entender.
Eu tinha feito um pedido para a noiva de Ludwin e autoproclamada “supercientista”, Genia Maxwell, para que desenvolvesse uma certa coisa para mim.
Minha habilidade, Poltergeists Vivos, poderia imbuir objetos com uma parte de minha consciência; poderia fazê-los flutuar; e poderia permitir-me vê-los de uma visão aérea; mas só era eficaz em um alcance de cerca de cem metros. Se eu tivesse uma caneta para cuidar da papelada no escritório de relações públicas, teria que ficar dentro de um raio de cem metros dela o tempo todo. Por causa disso, durante o período logo após a entrega do trono, quando as coisas estavam realmente agitadas, nunca deixei a capital por mais de um dia, a menos que houvesse uma crise.
Além disso, como todo mundo já sabe, o alcance efetivo dessa habilidade poderia ser ignorado se o alvo fosse um boneco; mas, infelizmente, bonecos não eram capazes de escrever muito bem. Era fácil escrever quando eu estava controlando a caneta, mas, por algum motivo, era incomumente difícil fazê-lo quando eu tinha um boneco a segurando. Era como usar um controle remoto para operar um braço de robô que segurava uma caneta. Demorava muito para me concentrar, e o que escrevia ainda acabava parecendo um garrancho.
Eu não poderia ter uma escrita confusa em documentos importantes. Havia muitos deles que poderiam causar grandes problemas se fossem lidos incorretamente.
No final, embora os bonecos negassem a limitação de alcance da minha habilidade, isso não mudava a situação que estava me impedindo de deixar o castelo por um longo período de tempo. Eu sabia que se tivesse uma máquina que pudesse escrever cartas, poderia fazer meu trabalho à distância, e isso me deixaria sair do castelo sem preocupações.
Foi nessa época que descobri a altamente capaz, Genia.
Ela havia usado ossos de dragão como estrutura básica, combinando-os com várias partes mecânicas e orgânicas para criar o dragão mecânico, Dramecha. Pensei: Talvez ela pudesse criar um boneco que se movesse como uma mão humana.
Com esse pensamento em mente, fiz o pedido e, outro dia, o Braço Fabricado nº 1 (nomeado por ela mesma) foi concluído.
De lado, parecia que um braço tinha brotado bizarramente de uma plataforma em forma de L. Em termos simples, era como um braço protético ou um manipulador. No entanto, era estranhamente realista e humano, de uma forma assustadora e desconcertante. Isso ficou evidente pela reação de Juna ao ver a coisa.
Oh, Genia, por que você teve que fazê-la tão realista?
Bem, experimentei usar o Poltergeists Vivos para controlar o Braço Fabricado nº 1. O braço artificial se movia suavemente, segurando a caneta e escrevendo cartas em um pedaço de papel.
Era duas vezes mais assustador quando em movimento, então este era o “vale misterioso”1Usado em referência ao fenômeno no campo da estética, robótica e computação gráfica que diz que quando réplicas humanas se comportam de forma muito parecida — mas não idêntica — a seres humanos reais, provocam mal-estar ou repulsa entre observadores humanos., hein?
— Quando os burocratas veem essa coisa funcionando, sempre ficam apavorados — falei. — Ah, e quando as criadas trazem chá, costumam gritar e desmaiar.
— Entendo perfeitamente como se sentem. — Até o sorriso de Juna se contraiu um pouco quando ela disse isso. Afinal, parecia algo saído de uma história de terror.
— De qualquer forma, agora que posso ter o Braço Fabricado nº 1 trabalhando para mim, posso viajar para fora da capital — falei. — Já estou mandando fazer vários deles.
— Ter um monte deles se movendo… Eu nem quero imaginar como isso parece — disse Juna, parecendo se desculpar, mas concordei com ela.
Os bonecos de braço, em uma sala vazia, escrevendo sem parar. Só o fato de imaginar isso já estava deteriorando minha sanidade mental.
Juna balançou a cabeça, tentando tirar a imagem de sua mente para que pudesse voltar a focar no assunto em questão.
— Mas, senhor, por que quer me ter com você como sua parceira? A princesa, Aisha ou Roroa não se sairiam tão bem quanto?
— Hmm… Considerando com quem estou lidando desta vez, quero que me empreste sua força — falei. — Acho que as outras… não serão páreo para ela.
— Ela? De quem está falando?
— Comandante da Força de Defesa Nacional Excel Walter.
— Entendo… A Avó, hein? É por isso que você me quer.
Juna pareceu satisfeita com essa explicação. No entanto, logo inclinou a cabeça para o lado interrogativamente.
— Mas, senhor, a Avó sempre foi sua aliada, não foi? Quando você diz que elas não seriam páreo para ela, há algum motivo para tomar uma posição contra ela?
Quando vi a expressão preocupada no rosto de Juna, falei:
— Oh, não é isso — e balancei a cabeça —, o motivo pelo qual estamos deixando a capital por três dias é para fazer um levantamento do andamento de um projeto em que estive trabalhando com Excel; mas, fora isso… ouvi dizer que Marx recentemente fez contato com ela.
— O camareiro? Por que ele faria isso…? Por algum motivo específico?
— Oh, não, nada tão importante. Ele não parecia estar escondendo nada. Ele estava apenas recebendo conselhos dela sobre algumas coisas, mas… é sobre o que ele estava recebendo conselhos que me preocupa…
— E sobre o que você acha que ele estava recebendo conselhos?
— Parece que… tinha algo a ver com um “instrutor sexual” para mim.
No momento em que eu disse isso, Juna estremeceu um pouco.
Instrutores sexuais eram um costume das classes altas neste país. (Os cavaleiros, a nobreza e superiores.) Quando um homem atingisse a maioridade, uma “mulher experiente” seria enviada. Para garantir que ele não se envergonhasse quando tomasse uma esposa, ela o ensinaria, bem… a “etiqueta do quarto” e outras coisas semelhantes.
Era padrão que essas aulas fossem ministradas em uma mesa, como uma aula de saúde e anatomia, mas havia algumas casas que incluíam “aprendizado prático”.
Cocei minha cabeça, sem jeito.
— Estou fazendo vinte anos este ano e tenho beldades como Liscia, Aisha e você ao meu lado. Acho que pensaram que, como um jovem saudável, se nos deixassem em paz, eu colocaria minhas mãos em pelo menos uma de vocês em algum dia, mas isso nunca aconteceu. Mas porque demorei muito, Marx ficou impaciente, e está dizendo que talvez alguma educação seja necessária. Parece que Hakuya concordou nisso.
— Entendo… Então era isso. — Juna acenou com a cabeça, sua expressão ainda se contraindo.
A Casa Real deste país estava à beira da extinção devido à crise de sucessão que eclodiu com a morte do penúltimo rei, então Marx estava sempre me pressionando para “me apressar e produzir um herdeiro”. Embora o casamento ainda não tivesse ocorrido, eu já estava prometido a Liscia e às outras, então, aparentemente, isso não contava como relações sexuais pré-matrimoniais em sua mente. Isso mostrava o quão ruim era a escassez de membros da realeza neste país.
— E então, os dois se voltaram para Excel, que tem quinhentos anos e uma abundância de experiência quando se trata de casos românticos — continuei. — “Não temos uma boa mulher para o trabalho em mente”, disseram eles. E quando eles disseram isso…
— Tenho um mau pressentimento sobre isso.
— Excel levantou a mão e se ofereceu…
— Nunca! — gritou Juna, algo que ela raramente fazia.
Parecia que, quando ela imaginou seu prometido (mesmo que isso ainda fosse um segredo), possivelmente tendo relações com sua avó, não conseguiu manter a compostura. Ela mostrou uma mistura de pânico e raiva.
Ela pode fazer expressões como essa também… Isso é meio revigorante, pensei.
Incidentalmente, quando Marx foi até ela para pedir conselhos, Excel disse: “Oh, nesse caso, por que eu não ensino ele? Afinal, tenho uma boa experiência neste campo. Se quiser, posso até cuidar das aulas práticas pessoalmente, sabe? Sou de uma raça de vida longa, então não é muito provável que engravide. Heehee”, com uma risada que tornava difícil dizer o quão sério ela estava.
De acordo com Marx, desmentindo sua aparência de vinte e poucos anos, os olhos dela tinham o brilho de uma cobra que encontrou sua presa.
Suponho que ela não era da raça das serpentes marinhas à toa…
Quando contei isso a Juna, ela pressionou um dedo na têmpora, parecendo preocupada.
— Ouvi sobre isso da Tia Accela. — Essa era a filha de Excel, mãe de Carla. — Quando ela ainda era jovem, a Avó tentava os homens que se apaixonavam por minha tia e os provocava.
— Wow… Isso é horrível…
— Não, ela só fazia isso com aqueles pelos quais minha tia não tinha sentimentos românticos. Era para fazê-los desistir de ter um caso ilícito com sua filha, mas… Minha mãe uma vez me disse, com uma expressão exausta no rosto: “Nunca quis ter que ver meus colegas tentarem cortejar minha mãe e serem recusados.”
Bem, não, eu não imagino o que ela queria com isso. Pensando no assunto, Castor inicialmente abordou Excel, não foi? Ela tinha sido fria com ele porque ele foi atrás dela primeiro? Era definitivamente verdade que ela era uma beldade de tirar o fôlego. Se eu não tivesse desenvolvido uma resistência a isso por estar perto de Liscia e das outras, poderia ter corrido o risco de me apaixonar por ela.
— Então, agora que você sabe o que está acontecendo, gostaria de pedir que me acompanhe — falei. — Posso contar com você para isso?
— Entendo. Farei todo o possível para protegê-lo, senhor. — Juna me saudou com o rosto cheio de determinação.
Proteger-me de quê? Sim, a resposta era desnecessária…
Juna me olhou como se quisesse dizer algo, mas estava tendo dificuldade em dizer o que quer que fosse e desviou o olhar. Imaginei o que poderia ser, então esperei por ela. Juna pareceu se decidir, então abriu a boca e disse:
— Hm… Sobre o problema que você está tendo, bem… Não seria resolvido se você apenas colocasse as mãos em uma de nós? Pode ser a princesa, ou Aisha, ou Roroa, ou mesmo… hm… eu…
Quando ela disse isso com o rosto voltado para baixo e os olhos voltados para cima, isso me bateu forte, mas engoli em seco e me contive. Se Marx pudesse dizer algo, seria que este era exatamente o problema.
— Eu… uh… ainda não estou pronto para ser pai — falei. — Escute, eu amo todas vocês, é claro, e estou definitivamente interessado em fazer esse tipo de coisa com você, mas… quando me dizem que definitivamente tenho que fazer um bebê, fico hesitante. Comigo como estou agora, com este país como está agora, questiono se posso fazer todas vocês, e os filhos que vão nascer felizes.
— Entendo… — Juna pareceu um pouco desapontada, mas rapidamente disfarçou com um sorriso gentil. — Isso é a sua cara, senhor. Posso sentir o quanto você se preocupa com todas nós.
— Claro que me preocupo!
— Nesse caso, estarei ansiosa por isso quando você estiver pronto.
O sorriso de Juna era tão maravilhoso que a abracei com força. Ela pareceu surpresa, mas não resistiu.
Ela era macia e cheirava bem.
Eu ainda não estava pronto, mas… Poderia fazer pelo menos isso, imaginei.
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Algum tempo depois — Cidade Lagoon
A Cidade Lagoon era a cidade central do Ducado Walter.
Localizava-se no nordeste da Friedônia, e como o nome levaria a supor, era uma cidade construída em uma lagoa. Por causa do calor e umidade, foi construída de forma muito parecida com Veneza, na Itália, e havia canais em toda a cidade.
Quando olhei para esta cidade, lembrei-me de um certo mangá iyashikei2Sub-gênero de slice of life, tem a “função” de revigorar as forças e a vontade de viver; algumas características principais são: fundos muito bem pintados e coloridos, cenas suave de natureza e pessoas trabalhando juntas em busca de um objetivo maior. que eu tinha lido há muito tempo, mas infelizmente não havia garotas bonitas agindo como gondoleiras nela. Em vez disso, pude ver homens corpulentos carregando e descarregando cargas de pequenos barcos por todo o lugar.
Era inverno, então os homens estavam bem agasalhados; mas se fosse verão, provavelmente estariam todos praticamente nus. (Tipo, vestindo apenas uma tanga.) Até mesmo pensar nisso era sufocante.
Eu estava lá, observando a paisagem da Cidade Lagoon de dentro de uma carruagem com Juna.
— Você nasceu aqui, Juna? — perguntei.
— Não, nasci um pouco mais a noroeste, em uma pequena cidade portuária perto da fronteira com a União dos Estados Orientais. Não é tão animado quanto aqui, mas pegamos muitos peixes deliciosos lá.
— Verdade? Eu gostaria de ir lá algum dia.
— Sim, espero que vá.
Enquanto estávamos tendo aquela conversa agradável, a carruagem chegou à mansão de Excel.
Na Cidade Lagoon, a fortaleza da Marinha, havia uma base, mas não havia castelo. Isso porque não previram que a cidade seria sitiada por uma força terrestre. Isso refletia o fato de que a Marinha era capaz de mostrar sua força máxima no mar, e se essa terra fosse invadida por um inimigo estrangeiro, simplesmente iriam abordar os navios e eliminar o inimigo, a cidade e todos, apenas com bombardeios costeiros.
A raça das serpentes marinhas amava esta terra mais do que qualquer pessoa, e se não pudessem tê-la, ninguém poderia. Eram verdadeiras yanderes quando se tratava de seus sentimentos por esta terra.
Quando entramos no terreno em nossa carruagem, vi que Excel estava parada em frente à mansão, esperando nossa chegada. Seu cabelo azul brilhava ao sol, seu lindo rosto espiava por trás dele.
Como sempre, Excel estava tão bonita que dava para perceber mesmo de longe. Poderia mesmo dizer que ela era a avó de Juna. (Embora houvesse poucas pessoas para as quais a palavra “avó” seria menos adequada.) A roupa azul que ela usava, que parecia um quimono cruzado com um vestido, ficava bem nela.
Quando olhei, Juna estava com uma expressão sombria no rosto.
— Juna? Algo errado? — perguntei.
— Aquele quimono…
— O quimono?
— É o favorito da Avó. Parece… que é melhor termos cuidado.
— Hm… Tecnicamente, meu único objetivo aqui é inspecionar uma instalação militar…
Quando falei isso, Juna, alarmada, passou o braço em volta do meu, segurando-o com força, depois olhou para mim com uma expressão séria.
— Senhor, quando você está na frente de uma serpente marinha, você nunca mostra uma abertura. Se fizer isso…
— Se eu fizer isso?
— Você sofrerá um bote.
— …
Eu não sabia exatamente o que isso queria dizer, mas fiz uma nota mental para tomar cuidado.
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Quando desembarcamos da carruagem, Excel nos recebeu com um sorriso.
— Já faz muito tempo, Vossa Majestade. Bem-vindo à Cidade Lagoon.
Eu sabia o que Juna tinha dito, mas, por enquanto, ela não parecia diferente do normal. Tentei não deixar minha cautela evidente, respondendo em um tom amigável.
— Não nos vimos desde que a nomeei Comandante Suprema da Força de Defesa Nacional, certo? Fico feliz em ver que você está com boa saúde.
— Heehee! Oh, senhor, você adora delegar tarefas importantes a esta senhora. — (Ela parecia estar bem em se chamar assim.) — Mas obrigada. Espero que você esteja bem, Juna.
— É bom te ver de novo, Princesa do Mar. — Ao meu lado, Juna fez uma reverência graciosa.
Excel era chamada de “Princesa do Mar” na antiga Marinha. Provavelmente era semelhante a chamá-la de “senhora” para eles.
Mas Excel balançou a cabeça.
— Juna, você foi dispensada da Marinha. Você vai se casar com Sua Majestade, mesmo que seja como uma rainha secundária. As únicas posições que temos em relação uma à outra agora são as que temos como família.
— Princesa… Não, eu entendo. Avó.
Sim. Esta foi uma boa cena, que revelou seus laços como família… ou assim pensei.
— Heeheehee. Então, Juna, isso significa que você e eu agora somos iguais.
O que é que foi isso? Foi apenas minha imaginação ou ela havia enfatizado a palavra “iguais”?
Além disso, quando ela ouviu a palavra “iguais”, pensei ter notado uma veia latejando na têmpora de Juna.
— Heeheehee. O que você quer dizer com isso, Avó?
— Veja, o segredo para não se cansar de uma vida que se prolonga por muito tempo é sempre se interessar por alguém.
— O que isso significa? — perguntou Juna. — A propósito, você tem interesse em Sua Alteza?
— Bem, ele é o primeiro herói que tivemos desde o primeiro rei. Eu o acho fascinante.
Excel estava sorrindo. Mas senti uma pressão estranha por trás daquele sorriso. Juna estava respondendo com um sorriso semelhante.
Que atmosfera era essa? Eu realmente queria sair de lá.
— E-Enfim, você se importa se entrarmos? — Sugeri. — Não há necessidade de ficarmos aqui, acredito.
— Heehee! Lamento por isso — disse Excel. — Por favor, venha por aqui.
De todo modo, com as formalidades concluídas (?), fomos conduzidos para dentro.
Por dentro era como uma mansão elegante ao estilo ocidental. A mobília em exibição não era excessivamente exagerada, em vez disso, remetia a uma atmosfera relaxante. Mesmo eu, que não tinha senso artístico, podia apreciar o bom senso estético de Excel.
Por fim, fomos conduzidos a uma sala com uma placa que a identificava como a sala de estar.
Já havia uma pessoa na sala, em posição de sentido.
Aquele homem alto, que usava o uniforme de suboficial da Força de Defesa Naval Nacional da Friedônia, tinha asas de morcego e cauda de lagarto. O homem me saudou e começou a preparar o chá.
Mesmo depois de nos sentarmos e ele terminar de distribuir o chá para todos, continuou atrás da Excel, esperando por ordens.
Massageei minhas têmporas.
— Se ele simplesmente ficar parado aí, vai me incomodar muito não pensar nisso.
— Eu disse a ele que poderia agir normalmente — disse Excel com um sorriso torto.
O homem de pé atrás dela era Castor. Ele havia sido um dos três duques e o General da Força Aérea. E também era o pai de Carla.
Tendo sido considerado responsável por desafiar seu rei e destituído de seu posto, foi forçado a se aposentar e deixar a chefia da família para seu filho Carl, enquanto ele próprio estava sob a custódia de Excel.
Aliás, quem estava agindo como ajudante de Carl era, a pedido do próprio homem, o ex-administrador da Casa de Vargas e atual General da Força Aérea Nacional, Tolman.
De qualquer forma, pelo que Excel me disse, ela estava trabalhando duro com Castor como soldado raso da Força de Defesa Naval Nacional.
Talvez tornar-se um general derrotado o tivesse despojado de seu orgulho e o tornado mais dócil. Ou talvez estivesse simplesmente fingindo estar agindo apenas como um soldado raso da Força de Defesa Naval Nacional por pura obstinação.
Se os encontrava nas ruas, ele se curvava até mesmo para aqueles que estavam abaixo dele até recentemente e quando era seu dia de serviço de limpeza, limpava todos os banheiros do navio.
Também pensei isso a respeito de Carla, mas os membros de sua linhagem tendiam a ser leais demais às posições em que se encontravam.
— Isso é uma ordem… — falei. — Sente-se, Castor.
— Sim senhor! Perdoe-me, senhor! — Castor finalmente se sentou.
Minha nossa.
— Além disso, isso meio que me assusta, então abandone a formalidade excessiva — acrescentei. — A menos que estejamos em público ou haja outros subordinados por perto, quero que fale normalmente comigo. Isso também é uma ordem.
— Sim, senhor… Mas…
— Castor, um suboficial desafia as ordens de seu rei? — exclamou Excel.
— Entendido… — Castor concordou com certa relutância.
Ufa… Agora podemos finalmente ter uma conversa descontraída, pensei.
— De qualquer forma, já faz um tempo, Castor — falei. — Como a vida na Marinha está sendo para você?
— Muito boa, senhor. Já me acostumei… me acostumei com o cheiro do mar. Além disso, hum…
— Hm? E então?
— Como está Carla? — Ele parecia preocupado com sua filha que agora era minha escrava. Bem, ele era pai dela.
— Pode ficar tranquilo. Carla está… Uhh, ela está se dando bem.
— O que foi essa pausa?! O que foi esse “Uhh”?!
— Não, tenho certeza que ela está indo muito bem e tudo, é só que…
Se bem me lembrava, lá no castelo, Carla estaria…
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Enquanto isso, no estúdio, no Castelo Parnam…
— Bwahahahaha! — Pratamem, hoje eu acabo com você! Pegue-o, Monstro de Roda Dialgon!
— Dialgoooon! — (Moltov assumiu o papel de monstros de Aisha.)
— Malditos sejam, Srta. Dran e Dialgon! Eu protegerei a paz neste país!
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— Sim… Ela (provavelmente) está bem. Fisicamente, é a própria imagem da saúde. Eu sei que ela é uma escrava pertencente à Casa Real, mas não coloquei minhas mãos nela ou algo assim.
Agora, quanto a estar mentalmente bem, eu não tinha tanta certeza. Quer dizer, a Serina estava sempre brincando com ela…
— Você não fez nada com ela… Quando ouço isso, fico na verdade mais preocupado.
— Hm? Por que isso faz você parecer tão deprimido? — perguntei.
— Porque se você tivesse colocado as mãos sobre ela, acho que isso deixaria Carla mais segura. — Castor deixou escapar um pequeno suspiro. — Ouvi pela Duquesa Excel. Você é o tipo de homem que valoriza sua família e faria qualquer coisa para protegê-la. Desde que cheguei aqui, ouvi rumores sobre o que você faz e… tenho a mesma opinião. É por isso que acho que se Carla ficasse grávida e você a reconhecesse como família, nada poderia deixá-la mais segura.
Não para que ele pudesse se tornar um parente da Casa Real, mas para que sua filha estivesse segura. Isso me fez pensar sobre como os sentimentos de um pai eram complicados.
Mas…
— Não tenho nenhuma intenção de tomar Carla como minha rainha.
Ele ficou em silêncio.
— Mesmo assim, Liscia ficaria chateada se alguma coisa acontecesse com Carla — falei. — Eu prefiro não ver Liscia triste. Posso garantir a você que não farei nada ruim para ela.
— Você não vai…? Estou aliviado em ouvir isso. Por favor, peço que cuide bem da minha filha. — Castor baixou a cabeça profundamente.
Tenho certeza de que ele assumiu aquele tom mais formal no final porque era um pedido sincero e de coração. Com a forma como Excel o estava tratando, talvez isso o tivesse ajudado a crescer um pouco como ser humano. (Bem, como um dragonato, na verdade.)
Olhei para Excel.
— Então, Excel, acha que podemos usar esse cara?
— Heehee! Eu o preparei bem. Como esperaria de um homem que já liderou exércitos, ele aprende rapidamente. Do jeito que as coisas estão indo… diria que é possível.
— Entendo… Bem, então vamos.
Terminada aquela conversa que só nós dois entendemos, Excel e eu nos levantamos. Quando nos viram levantar de repente, Juna e Castor arregalaram os olhos.
— Hm, senhor? Onde estamos indo? — perguntou Juna com um olhar vazio.
Eu sorri ironicamente.
— Já esqueceu? Nosso plano para o dia é inspecionar uma instalação militar, lembra?
— Oh, agora que você mencionou… Isso mesmo. — As bochechas de Juna ficaram vermelhas de vergonha.
Sua mente devia ter estado preocupada em ficar em guarda contra Excel. Quando ela ficava envergonhada, até agia de acordo com sua idade. Era muito fofo. Eu gostaria de poder apenas observá-la para sempre, mas tinha coisas importantes que realmente precisavam ser feitas.
— Pois bem, primeira ordem do dia… — Virei para Castor, que parecia não ter ideia do que estava acontecendo. — Por enquanto, vamos colocar uma venda nos olhos de Castor.
Tradução: Bucksius
Revisão: Kazuma
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