— Você está bem, Alya?
— …
Masachika chamou timidamente por Alisa enquanto ela afundava sem vida em um banco no parque perto da loja de ramen, mas ela não respondeu. Ela nem tinha energia para fingir que estava bem, conforme lentamente passava para o próximo mundo. Ela sentou-se com os cotovelos nos joelhos e a testa apoiada nas mãos em silêncio, como se fosse uma filósofa profundamente absorta em seus pensamentos. Masachika coçou a cabeça, ponderando o que poderia fazer, mas antes que pudesse descobrir alguma coisa, ela ergueu gradualmente a cabeça e procurou lentamente o parque com seus olhos vazios.
— …Onde está Yuki?
— Oh, ela disse que precisava pegar algo na loja, então foi embora. Ela se encontrará conosco quando terminar.
— …Ah.
E por “loja”, ele quis dizer a loja de anime. Ela decidiu esvaziar sua carteira enquanto Alisa estava atordoada. Mesmo sendo amigas no conselho estudantil, Yuki parecia querer manter seus hobbies nerds em segredo.
— Você está bem?
— Por que eu não estaria?
— O quê? Uh…
Parecia que Alisa ainda não queria admitir a derrota, apesar de não conseguir ficar de pé. Tecnicamente, ela não perdeu, já que teimosamente se forçou a comer até a última mordida, mas… isso levantava a questão: contra o que ela estava lutando mesmo?
— Então, uh… quer sorvete? — perguntou Masachika, depois de olhar ao redor do parque e avistar um caminhão de sorvete.
— …Sim.
Alisa estava incomumente honesta sobre o que queria, então pegaram sorvete e voltaram para o banco deles quando…
— …
Masachika lambeu seu sorvete de lascas de chocolate enquanto encarava o sorvete na mão de Alisa. Ao contrário de Masachika, que escolheu o cone, ela escolheu o copo e decidiu por sorvetes de chocolate, baunilha, cheesecake e cookies-and-cream – todos os sabores mais doces. “Chá verde? Menta com chocolate? Sorvete não deveria ser amargo ou refrescante! Cones eram um desperdício de espaço no estômago também!” Isso era o que suas escolhas ousadas diziam por ela. Até o rapaz que fazia seu sorvete ficou um pouco surpreso.
— …É só porque acabei de comer algo apimentado, — argumentou Alisa, desviando o olhar dele, como se tivesse percebido seu olhar meio surpreso, meio admirado.
— Okay.
Ainda estava excessivamente doce e exagerado, pensou Masachika. Por alguma razão, Alisa estava escondendo seu amor por doces. Talvez ela sentisse que não se encaixava em sua imagem.
O fato de ela beber sopa de feijão-vermelho como água e afirmar que seu cérebro precisa de açúcar e ela precisa de energia torna meio sem sentido esconder isso, porém.
No entanto, Masachika nunca tentou perguntá-la, já que claramente queria manter isso em segredo. Ele acreditava que, não importa o quão óbvio fosse, você deveria respeitar os outros tentando ser a pessoa que desejam ser.
Ela poderia ter uma personalidade mais difícil?
Quão teimosa e vaidosa uma pessoa poderia ser? Alisa trabalhou em si mesma ao longo dos anos para se tornar seu eu idealizado, e Masachika respeitava isso. Assistir a ela trabalhar tão duro até trazia um sorriso ao seu rosto, era por isso que naturalmente ele queria ajudá-la. Ele queria garantir que o esforço dela valesse a pena. Se isso era algum desejo avassalador de proteger os outros ou apenas algo que fazia para se redimir pelo passado de seu pai e dele mesmo, era um mistério até mesmo para Masachika.
É um motivo medonho para fazer algo, independentemente.
Mas enquanto zombava do seu raciocínio, de repente ele se viu curioso sobre outra coisa.
— Ei, Alya.
— Sim?
— Por que você quer ser a presidente do conselho estudantil?
— Porque eu quero. Estou mirando no topo. Preciso de mais algum motivo do que isso?
Seria difícil explicar que a resposta extremamente simples dela foi uma resposta satisfatória para sua pergunta, mas Masachika percebeu que era assim que ela realmente se sentia. Talvez a própria Alisa não soubesse exatamente por que queria isso. Ela simplesmente tinha que concorrer, não importa o que acontecesse. Sempre que encontrava uma montanha, tinha que escalá-la. Isso era apenas quem Alisa Mikhailovna Kujou era.
Estou com inveja. Ela é incrível.
E ele realmente se sentia dessa forma. Ele estava impressionado pela beleza de alguém perseguindo seus ideais e trabalhando continuamente em direção a seus objetivos. Havia algo nobre em pessoas que continuavam avançando por conta própria, sem depender dos outros.
Apenas pessoas que se orgulhavam do que faziam e se dedicavam plenamente às suas vidas tinham almas que emanavam um brilho intenso, e Masachika podia ver claramente isso em Alisa. Yuki e Touya tinham o mesmo brilho, mas o que Alisa tinha era ainda mais radiante e, de alguma forma, incerto.
— Se você vai concorrer à presidência, isso significa que já tem um vice-presidente escolhido para concorrer junto com você?
Depois que os olhos de Alisa vacilaram brevemente, ela encarou Masachika com uma expressão audaciosa, como se estivesse envergonhada por ter ficado confusa.
— Não tenho, mas isso não será um problema, porque não preciso de um vice-presidente.
— Uh… Vocês precisam concorrer como uma equipe. Essa é a regra.
— Só preciso de um vice-presidente no nome. Tenho certeza de que vou encontrar alguém que gostaria do título.
Masachika foi subitamente tomado pela solidão. Era isso. Era por isso que o brilho de Alisa parecia tão incerto. Ela não considerava procurar ajuda nos outros, e não esperava nada dos outros. Não estava interessada em aceitação ou elogios. O que impulsionava Alisa por resultados eram apenas seus ideais… ou talvez fosse por sua própria satisfação, por isso acreditava que não podia contar com os outros. Mesmo assim, Masachika não podia deixá-la assim, porque sabia que havia apenas tanto que uma pessoa poderia fazer, e ele sabia como era deprimente, doloroso e vazio quando o trabalho árduo não era recompensado.
O trabalho árduo deveria ser recompensado. Pessoas que realmente se esforçam merecem os resultados desejados.
Essas crenças eram parte do motivo pelo qual ele sempre quis ajudar Alisa. Ele envolveria mais pessoas ao seu redor para que ela não tivesse escolha a não ser trabalhar junto com elas, e ele tomou a iniciativa de chamá-la pelo apelido. Por quê? Porque queria torná-la mais acessível. Embora, não parecesse estar funcionando muito bem pelo jeito das coisas.
— Huh.
— …
Alisa não disse mais uma palavra, nem mostrou nada que se assemelhasse a uma emoção. Enquanto ela comia seu sorvete em silêncio, Masachika sentiu como se seu silêncio fosse um pedido, mas talvez isso fosse apenas seu ego fazendo-o acreditar nisso. O que Alisa ia dizer a ele no dia anterior antes de entrar em seu apartamento? Mas ela confirmou as suspeitas dele logo depois de terminar de comer seu sorvete.
Se estivéssemos juntos…
— Если бы мы были вместе…
No entanto, ela ficou em silêncio antes de terminar a frase, como se tivesse medo do que ele poderia pensar, apesar de estar falando em russo. Mas para Masachika, isso foi mais do que suficiente.
Mas eu…
Ele não tinha o brilho que Alisa, Yuki e Touya possuíam. Ele não tinha a paixão para trabalhar continuamente em direção a um objetivo específico que ele mesmo havia estabelecido. Ele sempre deixava os outros decidirem o objetivo para ele, e o quanto ele era apaixonado dependia da outra pessoa. Ele sempre foi assim, mesmo durante o período de sua vida em que brilhava mais.
Sua mãe e seu avô lhe deram o objetivo de se tornar alguém digno de assumir a família Suou, mas seu entusiasmo por esse objetivo dependia apenas de sua mãe e daquela garota. Masachika não era apaixonado pela ideia em si. Ele só trabalhava duro porque desejava o elogio de sua mãe junto com o elogio daquela jovem garota. Tudo o que fazia era funcionar com o combustível dado a ele no caminho traçado para ele. Mas agora que ambos se foram, ele não podia ir a lugar nenhum. Ele estava preso.
Eu não sou bom o suficiente.
Masachika ficou grato por ela ter dito isso em russo, porque se fosse em japonês, ele teria provavelmente escolhido o silêncio covarde como resposta.
— Kuze, você tem outros planos hoje?
— Hmm? Ah, na verdade não.
— E a Yuki?
— Oh… Ela provavelmente vai ligar quando terminar.
— Então me ajude a terminar minhas compras.
— Você não disse que estava comprando roupas novas?
— Sim. E…?
— Só… pensei que tinha que haver uma certa intimidade entre um cara e uma garota antes que pudesse ajudá-la a escolher suas roupas novas.
— É mesmo?
Os olhos de Masachika se abriram em surpresa quando viu a expressão perplexa no rosto de Alisa.
Ohhh… Alisa nunca teve amigos com quem pudesse fazer compras, então é difícil para ela captar coisas sutis como essa…
*Aah*
A pena que ele sentia fazia com que os cantos internos de seus olhos queimassem enquanto ele cerrava os dentes com força, mas sua expressão transbordava compaixão.
— Sim… Vou te ajudar. Vamos lá.
Alisa franziu a testa com quão compreensivo ele havia se tornado de repente.
— Por que essa mudança repentina de atitude?
— Uh… Porque somos amigos, claro. Sim.
— Acho difícil acreditar que seja por isso.
— Não se preocupe com isso, — brincou Masachika, evitando a pergunta dela. Depois disso, voltaram ao centro comercial onde se encontraram antes do almoço, foram para o andar com todas as lojas de roupas e começaram a explorar. Mas durante todo o tempo, Alisa não conseguia deixar de se perguntar por que ele estava agindo tão legal de repente, e sua curiosidade se transformava lentamente em um mal-entendido.
Espera… Será que ele acha que vou perder a corrida para presidente do conselho estudantil? É por isso que ele está sendo legal? Tsk! Como ele se atreve a me menosprezar assim?!
Ela estava cerrando os dentes mentalmente porque Masachika a tratava como um pai tentando animar seu filho. A maneira como ele sempre parecia pensar que estava acima dos outros sempre a incomodou, mas discutir com ele e tentar rebelar-se era algo que apenas uma criança faria.
N-Não posso deixá-lo me tratar assim. Tenho que dar o troco! Vou tirar esse sorriso convencido do rosto dele!
Alisa gemia consigo mesma enquanto espremia o cérebro… quando de repente se lembrou do que aconteceu uma manhã outro dia.
Vou fazer o melhor desfile de moda que ele já viu até ele começar a ficar agitado!
Havia uma loja de roupas que Alisa queria conferir, e no momento em que entrou, sua decisão extravagante, que nascera de um absurdo mal-entendido, a enviou diretamente para o provador com um punhado de estilos de roupas diferentes.
— Quero ouvir sua opinião depois que eu terminar de me trocar, okay?
— Claro.
Após fechar a cortina entre ela e Masachika, ela começou rapidamente a examinar as roupas.
Acho que vou com este primeiro…
A primeira peça de roupa que Alisa alcançou imediatamente do monte foi um vestido branco puro de verão.
Não há como isso não funcionar! Masha até me disse que todos os caras adoram vestidos assim!
Contrariamente à sua determinação competitiva, Alisa decidiu jogar pelo seguro, talvez sem perceber seu próprio espírito competitivo. Ela confiava nas informações possivelmente não confiáveis de sua irmã, que aprendeu tudo o que sabia em quadrinhos. Mas quando chegou a hora de finalmente experimentar o vestido e ela alcançou o botão de sua blusa, sua mão congelou.
Espera aí… Ele não pode me ouvir trocando, né?
Havia apenas um fino pedaço de pano separando-a de Masachika. Para piorar, a cortina não ia até o chão, então havia uma pequena abertura. Alisa foi subitamente dominada pela vergonha.
— Kuze! Fique um pouco mais longe! — gritou Alisa do outro lado da cortina, incapaz de aguentar mais.
— Tudo bem, — respondeu preguiçosamente a voz, e o som dos passos lentamente se afastou. Enquanto ela estava um pouco aliviada, também começou a entrar em pânico porque podia ouvir os passos muito mais claramente do que imaginava.
Hmm? Se consigo ouvir os passos dele daqui… será que ele realmente pode me ouvir trocar também?
Alisa não conseguia mais relaxar depois de perceber que estava fazendo algo tão embaraçoso, e sentiu que finalmente entendia o que Masachika queria dizer quando afirmou que achava que tinha que haver uma certa intimidade entre um cara e uma garota antes que pudesse ajudá-la a escolher suas roupas novas.
Não, está tudo bem. Tem música tocando na loja, então ele provavelmente nem vai conseguir me ouvir… espero.
Alisa estava tão envergonhada que queria sair correndo, mas seu orgulho não permitiria isso. Ela engoliu sua vergonha e finalmente começou a se despir. Depois de se trocar o mais rápido e silenciosamente possível, sem pensar no garoto do outro lado da cortina, ela esticou os ouvidos para ver se conseguia ouvir Masachika, mesmo sabendo que era inútil.
Parece que estou bem…
Ela ficou satisfeita quando ele não reagiu, então virou-se e encarou o espelho mais uma vez. Masachika, por outro lado, estava ocupado tentando manter uma expressão inexpressiva enquanto as mulheres mais velhas ao seu redor lançavam olhares calorosos em sua direção. “Oh, meu. Você acha que ele está esperando pela namorada? Estar no ensino médio e apaixonado novamente… Que fofo,” diziam com os olhos.
Isso é igualzinho a uma comédia romântica, pensou Masachika enquanto tentava escapar da realidade. Ouvir ela trocar nem passou por sua mente, nem sequer percebeu. As preocupações de Alisa estavam todas em sua cabeça. Ela provavelmente ficaria bastante desapontada se descobrisse que ele estava mais preocupado com as outras mulheres olhando para ele do que vê-la se trocar, no entanto.
Heh. Legal. Estou realmente bem, se eu mesma tiver que dizer.
Ela posou diante do espelho enquanto cantava seus próprios louvores. Ela estava certa de sua vitória (era um palpite de qualquer um quando isso se tornou uma competição) e começou a alcançar a cortina quando foi subitamente atingida pela ansiedade. E se ele não reagisse? E se apenas dissesse “Sim, você está bonita” sem prestar atenção e olhando para o celular? …Isso poderia fazê-la chorar. A ideia sozinha estava fazendo o coração de Alisa bater como um tambor.
H-Hmph! Eu o esbofetearia se fizesse isso!
Alisa abriu rapidamente a cortina depois de se animar e subjugar sua ansiedade.
— Como estou?
Ela se inclinou para uma perna com uma mão no quadril, como se estivesse posando como uma modelo, enquanto lançava um olhar instigante para Masachika. Ela realmente parecia incrível graças ao seu corpo incrível e boa aparência. Imediatamente, todas as mulheres na loja direcionaram seus olhares para ela e suspiraram de admiração. Masachika não foi exceção.
Quem não gosta quando as garotas se vestem assim?!
Masachika gritou isso poderosamente em seu coração enquanto batia com o punho em uma mesa imaginária. Parecia que a Masha estava certa dessa vez. No entanto, Masachika sabia que Alisa queria que ele a elogiasse. Quem corasse primeiro, perdia. Por isso, ele decidiu não tentar evitar, mas atacar!
— Você está incrível. O vestido branco puro fica especialmente bom em você, já que tem uma pele cor de leite. Isso enfatiza seriamente seu visual limpo e feminino. Não achava que você poderia ficar mais fofa, mas aqui estamos.
— …?! O-Oh… Sério…?
O contra-ataque de Masachika a fez cambalear, e ela começou a se sentir nervosa depois de ser elogiada de maneira tão direta.
— Ok, vamos experimentar a próxima roupa… — murmurou Alisa ininteligivelmente ao fechar a cortina como se estivesse fugindo, e eles se agacharam simultaneamente em confusão no momento em que não puderam mais se ver.
Espera, espera, espera, pensou Alisa. Calma lá. O quê? Ele acabou de me encher de elogios!
Ai meu Deus! Estou tão envergonhado! Não posso acreditar que disse tudo isso sem rir! Masachika estava cambaleando. Meu Deus. Dizer isso face a face foi tão constrangedor! Como ela sempre consegue dizer essas coisas com tanta seriedade?! Quer dizer, ela está falando em russo e acha que eu não entendo, então eu acho que faz sentido, mas mesmo assim!
Masachika agarrou a cabeça, lutando contra o constrangimento com tanta concentração que não teve energia para se importar com os olhares calorosos das mulheres ao seu redor. Mal sabia ele que Alisa estava cobrindo as bochechas enquanto lutava contra seu embaraço também.
Espera. F-Fofa? E-Eu sou tão fofa assim? Espera, espera, espera! E-Eu? Ele disse que eu sou fofa? Ahhh!
Mas ela não conseguia lidar com a vergonha e bateu algumas vezes no chão… até perceber o barulho que estava fazendo e parar em pânico. Depois de limpar a garganta desnecessariamente, ela se virou e olhou para o espelho… mas quando percebeu que estava sorrindo de orelha a orelha, ela bateu levemente a testa contra ele. Ela esfregou a testa nele, usando a dor e a sensação de frio para se recompor.
Ufa… Estou bem. Agora que penso nisso, ele não estava dizendo nada fora do comum. Claro que diria algo assim. Kuze é o tipo de pessoa que elogia uma garota. Muito louvável da parte dele, se me permite dizer.
Mas quando ela jogou o cabelo para trás enquanto o julgava arrogantemente por algum motivo estranho, ela de repente teve a impressão de que ele parecia muito habilidoso.
Habilidoso em quê, no entanto?
Mas ela nem precisou pensar por mais de um segundo. Masachika parecia acostumado a elogiar garotas. Mas quem estava elogiando tanto que o fez se acostumar com isso? Só uma pessoa veio à mente.
Yuki…?
O pensamento imediatamente limpou sua cabeça. Ela lembrou de como estavam se divertindo juntos olhando as vitrines há algumas horas, e uma insegurança se espalhou por seu coração.
— …
Depois de se afastar do espelho, ela olhou para as roupas e escolheu um par de jeans e uma camiseta preta com algumas palavras em inglês antes de trocar novamente. Talvez no fundo Alisa tivesse uma ideia do porquê escolheu um conjunto meio masculino, mas optou por não reconhecer isso. Se dissesse que escolheu as roupas sem motivo específico, então era isso.
— Então? Como estou?
Alisa abriu a cortina com uma expressão cheia de confiança, como se quisesse dizer, “Não tenho nada a esconder.” Mas Masachika não era tão denso a ponto de não perceber porque poderia ter escolhido tal roupa. Ele tinha tato suficiente (ou talvez cérebro) para não expressar isso em voz alta, no entanto.
— Você parece realmente estilosa nesse traje. Você é mais bonita do que fofa, se isso faz algum sentido, então esse conjunto realmente fica bem em você também. Jeans enfatizam seriamente o quão bom é o seu corpo, ao contrário de saias.
— O-Oh? Vou levar isso em consideração. Obrigada.
Alisa aceitou os elogios excessivos desta vez sem se deixar abalar e agradeceu com um sorriso, algo incomum.
— Vamos para o próximo traje, então.
— Tudo bem.
Não demorou muito para Alisa ter esquecido completamente seu objetivo de fazer Masachika se sentir desconfortável, pois começou a realmente gostar do desfile de moda pelo que era. Ela trocava de roupa e posava diante do espelho antes de mostrar para Masachika, que a elogiava usando todos os elogios que já aprendeu em quadrinhos, videogames e animes. Seu senso de vergonha diminuía lentamente enquanto Alisa começava a se divertir. Era exatamente o que Masachika esperava. Ela não tinha amigos para fazer compras, e sempre que ia às compras com sua irmã, Maria simplesmente dizia, “Oh, você está tão fofa,” não importava o que Alisa vestisse, então essa foi a primeira vez que alguém a elogiou com tanto detalhe assim.
O que devo escolher a seguir? Decisões ♪, decisões. ♪
Ela estava de tão bom humor agora que até cantarolava para si mesma enquanto escolhia suas roupas. Se Yuki estivesse lá, riria de Alisa por ser tão facilmente encantada, mas Alisa mesma não tinha autoconsciência suficiente para perceber isso. Em vez disso, ela estendia alegremente a mão para roupas que normalmente não usaria, “só no caso”.
Isso é um pouco demais… não é? Tenho certeza de que Kuze ainda vai me elogiar, no entanto.
Era uma saia curta e uma camiseta de alça fina, mais ousada do que qualquer outra coisa que ela já usou. A saia parecia especialmente curta, já que Alisa naturalmente tinha pernas muito longas, a ponto de descrevê-la como abaixo da virilha ser mais apropriado do que acima dos joelhos. Era algo que ela normalmente nunca usaria em nenhuma circunstância, e mesmo que usasse, nunca o usaria na frente de um garoto. No entanto, os constantes elogios de Masachika a ajudaram a abafar a voz fraca da razão em sua cabeça. Na verdade, ela estava tão animada que nem percebeu que agora havia duas pessoas do outro lado da cortina…
— O que você acha—?
Somente depois de se inclinar para a frente e colocar o indicador direito na bochecha com um piscar de olhos, ela percebeu que Yuki estava de pé ao lado de Masachika. No momento em que seus olhares se encontraram, o olho piscante de Alisa se fechou congelado. Enquanto isso, Yuki piscava ao ver a cena enquanto segurava duas sacolas de papel cheias de produtos de anime.
— Uau, Alya. Sexy.
— …Sim.
Yuki assobiou com uma expressão natural enquanto Masachika desviava o olhar com uma expressão indescritível no rosto, arrastando imediatamente Alisa de volta à realidade. O sangue sumiu de seu rosto antes de voltar imediatamente para suas bochechas.
— …Certo.
Alisa puxou suas bochechas vermelhas e tremulantes em um sorriso apertado enquanto fechava rapidamente a cortina e se encolhia silenciosamente.
Eu quero desaparecer…
— Я хочу исчезнуть… — ela sussurrou depois de se olhar no espelho mais uma vez.
— O que a Alya disse?
— Ela disse que queria desaparecer.
— Heh! Que bebezinha inocente. Ha-ha!
— Você é doente.
Mesmo um sussurro tão suave não escapava desses dois irmãos.
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Depois de se acalmar e comprar duas das roupas que experimentou, Alisa saiu do shopping com Masachika e Yuki, e começaram a voltar para casa. No entanto, o humor de Alisa não melhorou nem depois de entrarem no trem, e Masachika e Yuki simplesmente jogavam em seus celulares sem conversar, como se estivessem tentando não piorar a situação para ela.
— Bem, até segunda-feira, Alya.
— Me diverti muito hoje. Vamos fazer isso de novo algum dia.
— Sim, até segunda-feira.
O trem chegou à parada de Masachika e Yuki. Depois que saíram do trem, Alisa afundou imediatamente na cadeira.
Isso não aconteceu de verdade…
— Это только что не произошло…
Alisa relembrou como tinha feito papel de boba (pelos seus padrões) mais cedo, fazendo com que ela quisesse se jogar no chão e se contorcer.
Aposto que acham que sou alguma colegial promíscua depois de me verem com aquela saia curta…
— Думаю, они считают меня какой-то развратной школьницей, увидев меня в этой короткой юбке…
Ela se enterrou na sacola de papel que estava em seu colo enquanto a vergonha e o arrependimento a consumiam… quando ela de repente percebeu algo estranho.
— …Hmm?
Era muito estranho. Por que desceriam na mesma estação? Suas casas estavam a três estações de distância, então não faria sentido descerem na mesma estação.
— O que diabos está acontecendo…?
Havia apenas algumas explicações possíveis. Ainda não planejavam ir para casa. Ou talvez estivessem planejando ir para casa juntos?
— O que diabos…?
E sua suposição estava tecnicamente correta. Não havia como Yuki levar suas mercadorias de anime de volta para a residência dos Suou, então ela decidiu aproveitar seus espólios de guerra na residência Kuze — circunstâncias das quais Alisa estava completamente inconsciente.
— Aqueles dois realmente estão…?
Mas ela conseguiu impedir que a semente da dúvida crescesse mais do que isso.
Espera. Não. Eles provavelmente só queriam passar por outra loja antes de ir para casa.
Depois de persuadir a si mesma de que tudo estava em sua cabeça, Alisa de repente se lembrou de outra coisa e tirou o telefone.
Espere. Como ela chamou mesmo? Uma “camisa de namorado”?
Enquanto confiava em suas memórias, Alisa pesquisou na internet até encontrar uma certa imagem, fazendo seus olhos se abrirem bem.
— Hã?!
O guincho aleatório chamou a atenção dos passageiros ao redor, mas Alisa estava tão concentrada em seus pensamentos que não se importou. Era uma imagem de um quadrinho voltado para jovens mulheres. Um garoto e uma garota estavam se olhando enquanto estavam sentados na cama, mas enquanto a garota usava uma camisa larga e sorria levemente, o garoto… estava completamente nu da cintura para cima.
E-Espera, espera, espera! O que ela quis dizer com isso?!
A semente de dúvida que estava reprimindo disparou poderosamente para o ar e perfurou o teto.
Espera! O quê?! Eles estão…?!
Alisa olhou maravilhada para a cena erótica enquanto substituía os personagens por Masachika e Yuki em sua cabeça antes de apagar o pensamento em pânico.
O que está acontecendo?!
Ela passou o resto do tempo no trem agonizando sobre o que tudo significava sem encontrar uma resposta.
Tradução e Revisão: MahouScan
QC: Matface
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