A Prisão Infernal

A Prisão Infernal – Cap. 182 – Cadáveres

 

*Bang!*

Kieran puxou o gatilho em direção do monstro. A munição atravessou a porta gelatinosa e foi em direção ao meio da testa do monstro, entre as sobrancelhas. Quando a munição acertou o monstro, saíram faíscas e a cabeça do monstro foi empurrada para trás por causa da força, mas, depois de alguns segundos a cabeça voltou para sua posição normal, sem arranhões. O monstro rosnou novamente.

[Tiro: Ataque Letal, infligiu 100 de Dano (50 de Arma de Fogo (Arma de Fogo Leve)  (Musou) x2); Munição Abençoada: 100 de Dano Extra por Ser de Energia Negativa. Autenticação falhou. Ataque Letal revogado.  Alvo tem Imunidade a Dano Letal, Pele do Defunto Avançada e Habilidade de Armadura de Ferro Avançada. Resistiu 200 de Dano. Infligiu 0 de Dano Real…]

É inútil? — Kieran passou pela notificação rapidamente antes de dar outra olhada no monstro.

Depois disso ele pegou a última [Água Benta VIII] em sua mochila e virou as costas para o monstro. Já que ele pode resistir ao efeito das [Munições Abençoadas], Kieran não tinha certeza se [Água Benta VIII] poderia infligir algum dano. Mesmo se o machucasse, um frasco de [Água Benta VIII] não infligiria dano suficiente para matá-lo.

Kieran fez sua escolha. Em vez de arriscar, ele escolheu guardar o frasco e usar quando for realmente necessário. Ele se arrependeu imensamente. Se ele realmente fosse capaz de matar o monstro, as recompensas seriam imensuráveis.

Considerando que ele não tinha como infligir dano no monstro, ele preferia explorar a caverna e procurar uma saída do que ficar ali parado esperando a morte chegar. Kieran não tinha intenção de ficar preso no subsolo, pois isso significaria falhar na Missão Principal.

Ele havia escapado da morte várias vezes desde que entrou nessa masmorra e não queria que sua vida terminasse em uma passagem subterrânea escura. Kieran olhou cuidadosamente seu entorno. A fraca fonte de luz permitiu-lhe ver que a passagem à sua frente era um lance de escadas, de 5 metros de largura e 30 centímetros de altura. As paredes dos dois lados eram planas.

De onde Kieran estava, a escuridão não o deixava ver o fim das escadas. Ele não tinha outra opção, então não fazia diferença.

Depois de certificar-se de que as escadas não entrariam em colapso ou ativaria alguma armadilha, ele cuidadosamente começou a subir os degraus. O processo era lento, já que Kieran estava com medo de cair em uma armadilha oculta. Ele checava cada degrau com cuidado. Mesmo que tivesse algumas suposições sobre sua localização atual, e não houvesse nenhuma armadilha por perto, isso não o impediu de ser cuidadoso.

Depois de quase uma hora, Kieran chegou ao topo da escada. Uma luz repentina brilhou diante dele.

Dois crânios flamejantes azuis apareceram na frente de Kieran. No fundo das órbitas oculares, as chamas azuis queimavam intensamente, formando uma miragem fraca como um redemoinho que parecia estar tentando sugar as almas dos vivos. As mandíbulas abertas mostravam dentes de extrusão que pareciam uivar agonizantemente.

Espíritos malignos?

Kieran instintivamente pegou sua arma e segurou o cabo com força, mas ele soltou depois de alguns segundos. Sob a luz azul do fogo, ele viu o que os crânios azuis flamejantes realmente eram.

Abaixo dos crânios tinha dois grandes fêmures e ossos cervicais que os sustentavam. As chamas azuis não vinham dos próprios crânios, mas sim de um líquido semelhante a óleo dentro deles. Dentro dos crânios havia dois pequenos recipientes que continham óleo. Kieran viu tudo claramente depois de levantar a adaga sobre os crânios.

Isso é um braseiro de iluminação? — Kieran disse depois de circular o estranho objeto.

Mesmo que parecesse louco e absurdo, Kieran não poderia pensar em nenhuma outra explicação. O que mais o preocupava era como o braseiro foi aceso, já que ele não acionou nenhuma armadilha ou interruptor. Kieran olhou intensamente para o braseiro estranho, mas não obteve respostas. Ele começou a inspecionar seus arredores novamente.

Mesmo a área não estando devidamente iluminada, também não estava escura como breu. Ele se encontrou em uma plataforma de tamanho médio. Na frente dele, havia as intermináveis escadas que subiam, e atrás dele estava o lugar de onde ele veio. A luz azul que brilhava na rocha fez o chão e a parede refletirem um brilho ainda mais profundo que revelou uma porta semiaberta.

Uma parte estranha da parede estava saindo do lado esquerdo de Kieran. Era do tamanho de um dedo. Kieran podia sentir algum tipo de brisa do outro lado do local estranho. Ele ficou intrigado com o lugar atrás dele.

Depois de verificar cuidadosamente o que estava ao seu redor, ele apertou o interruptor com o dedo. Um estalo claro foi ouvido, e a parede inteira começou a girar na direção que Kieran estava apertando.

Quando a parede parou de girar, uma enorme sala se revelou para Kieran. A sala era dividida em dois caminhos, e ambos os lados da sala estavam decorados.

O lado esquerdo estava cheio de frascos, béqueres e outros instrumentos desconhecidos usados para experimentos. Eles foram colocados ali ordenadamente e bem arrumados. O lado direito era uma estante bagunçada quase do tamanho de dois homens adultos. Sob a estante havia uma escrivaninha. Havia livros por todo o lado, formando uma pequena pilha.

Graças à luz vinda de fora, Kieran podia ver claramente as duas múmias enterradas sob a pilha de livros. Depois de notá-las, Kieran instintivamente ativou seu [Rastreamento] para procurar pistas. Enquanto fazia isso, ele também prestou muita atenção ao seu [Talismã de malha], procurando por sinais paranormais.

Tudo parecia tranquilo. As múmias não estavam relacionadas com espíritos ou espectros. Para ter certeza de que estavam realmente sem armadilhas, Kieran as inspecionou atentamente. O fato de ter cadáveres em tal lugar provava o valor da investigação de Kieran. Ele não precisava de sua intuição para guiá-lo.

Kieran afastou os livros antigos dos cadáveres com cuidado para não danificá-los. Um pequeno vislumbre das runas e símbolos dos livros foi suficiente para Kieran saber que eles eram muito valiosos. Eles eram quase tão valiosos quanto os livros no escritório de Nikorei.

Kieran fez essa comparação baseada em sua experiência em ler livros sobre Conhecimento Místico. Quanto menos ele pudesse entender, mais valiosos seriam os livros.

Mesmo que isso não fosse prova alguma, considerando que ele só possuía [Conhecimento Místico] no Nível Mestre, era tudo o que ele podia fazer.

— Ahn?

Kieran ficou surpreso quando afastou os livros das múmias e viu quem era.

 


 

Tradução: Erudhir & JZanin

Revisão: Marina

 

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